Introdução
O quão bem você sair em uma entrevista dependerá do quanto explana em suas qualificações e conquistas e como estas estão relacionadas com o que o empregador procura e necessita.
Questões Freqüentemente Utilizadas em Entrevistas e Dicas de Respostas
Por que você quer trabalhar para esta empresa?
Para responder essa questão você deverá ter pesquisado sobre a empresa, responda colocando os principais atributos correlacionando-os com sua crença de que isso poderá proporcionar um feliz e estável ambiente de trabalho.
Que tipo de experiência você tem para este trabalho?
Esta é a perfeita oportunidade de mostrar seu valor, mas antes de fazê-lo, certifique-se o que é mais crítico para o entrevistador. Ele ou Ela não está procurando por um bom Aeronauta, mas sim profissional que irá realmente contribuir para o crescimento da empresa. As empresas costumam fornecer uma visão das funções a ser desempenhada pelo futuro funcionário, porém esperam acima de tudo que este seja um solucionador de problemas.
O que você mais e menos gostou em seu último trabalho?
Muitos entrevistadores começam com um breve histórico sobre a empresa, preste atenção! Essa informação irá lhe ajudar a responder a questão. Na verdade, qualquer colocação do entrevistador sobre a vaga e a empresa pode ser usada em vantagem. Use isto destacando somente os positivos.
Criticas ao último trabalho pode representar ao empregador que o entrevistado pode se tornar um empregado problemático. O melhor é manter suas respostas curtas e positivas.
Por que está deixando sua empresa atual?
Se a Empresa em que está trabalhando não está correspondendo a suas expectativas, você pode explicar isto de forma positiva.
Por quanto tempo pretende ficar nesta empresa?
Uma boa alternativa esta em dizer: “Eu realmente gostaria de permanecer nesta companhia. Enquanto continuar crescendo profissionalmente não há rações para mudar”.
Você já fez o melhor trabalho que é capaz?
Se responder “sim” o entrevistador pensará que você é testado, o melhor é dizer: “Tenho orgulho de minhas realizações, porém o melhor está por vir”.
O que você gostaria de fazer daqui 5 anos?
Se a carreira de Aeronauta é a que escolheu, então pode dizer: “continuar a ser Aeronauta”.
Quais suas maiores realizações?
Mantenha sua resposta estreitamente a vaga, inicie com: “Apesar de sentir que minhas maiores conquistas então por vir tenho orgulho em ter participado em X Y Z projetos”.
Você consegue trabalho sob pressão?
Você pode ficar tentado de dizer um simples “sim” ou “não”, mas não diga. Isso não ajuda em nada e você perde a oportunidade de vender seus valores e habilidades. O melhor é dizer: “Sim, costumo achar isso estimulante, no entanto creio que em planejamento e gerenciamento de tempo para reduzir prazos finais de pânico dentro de minha área de responsabilidade”.
Quanto você quer ganhar?
Essa questão é determinante: uma resposta errada e você será imediatamente eliminado do processo seletivo. As Empresas possuem escalas de salários muito baixos, logo dar uma resposta fora das possibilidades da Empresa poderá reduzir a zero suas chances de contratação. A solução? Tente: “Estou ganhando R$... Estou interessado nesta oportunidade e vou considerar seriamente uma oferta razoável que a Empresa tenha para mim”.
O que você procura em seu próximo trabalho?
Evite dizer o que a Empresa poderia lhe dar. Você deve dizer o que você quer em termos do que você pode dar para o empregador e até mesmo o que este procura. Por exemplo: “Minha experiência na Empresa X Y Z mostrou que tenho talento para atender a clientes”.
Descreva uma situação difícil que você teve que lidar?
A melhor maneira é: “Bom, eu sempre sigo 5 passos frente a uma situação difícil. Primeiro eu examino a situação. Segundo, reconheço o problema com sintoma produzido por outros e mais adiante levanto os fatores ocultos. Terceiro, faço uma lista de soluções de possíveis soluções. Quarto, eu peso as conseqüências e custos de cada solução e determino a melhor solução. Quinto, vou ao meu chefe e esboço o problema, faço minha recomendação e solicito ao meu supervisor aprovação e conselho.” Depois exemplifique.
O que seu chefe anterior diria de você?
Você não tem nada a perder por ser positivo.
Dicas Gerais
- Deixar a impressão de estar apenas analisando é um erro fatal, ou invés mostre ao entrevistador o quanto feliz sobre a vaga disponível.
- Faça pesquisa sobre a empresa como sua história, participação no mercado que atua, seus planos para o futuro, produtos, lucro líquido etc. Demonstrar genuíno interesse em fazer parte da empresa é importante, ainda mais bem informado.
- Saiba exatamente o local e horário da entrevista, nome completo do entrevistador e sua função na empresa.
- Esteja preparado para fazer perguntas durante a entrevista, porém evite questões relativas a salários, benefícios, condições etc
- Vista-se apropriadamente
- Mantenha estado mental positivo
- A cada contato com o empregado de RH ou empregador deve-se ter aperto de mão firme e contato “olhos nos olhos”.
- No caso de comissários, estudar antes prováveis situações do dia a dia e montar com elas redações (se possível além do português outro idioma que domine).
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Sobrevivência
Introdução
Após o pouso forçado e conseqüentemente o abandono da aeronave, para facilitar a sua sobrevivência e a dos demais é muito importante adotar procedimentos descritos em cada caso, sendo estes: no mar, selva, gelo e deserto.
Sobrevivência no Mar
Depois de completar a lotação do bote, soltar a corda que o prende ao avião afastando-se das águas cobertas por combustível ou destroços, mantendo-se a certa distância da aeronave.
Buscar os sobreviventes flutuando sem sentidos, semi-afogados, boiando em seus coletes inflados. Acionar o rádio transmissor, prestar os primeiros socorros.
Os botes deverão estar secos, o toldo armado servirá entre outras coisas, para coletar água da chuva. Preparar cartuchos pirotécnicos, corantes ou pó marcador de mar, espelho sinalizador, lanternas etc., apenas AO AVISTAR-SE OU OUVIR UMA EMBARCAÇÃO OU AERONAVE.
Racionar água e alimentos, as primeiras 24 horas serão de jejum total.Tudo deve ficar devidamente amarrado, para que não se perca em caso de o bote virar.
Fazer verificações periódicas na biruta d’água, com mar calmo liberar toda a extensão da corda, com mar agitado meia extensão da corda.
Dividir os ocupantes do bote em turnos de vigilância, não excedendo há duas horas, distribuindo tarefas a todos para que se mantenham ocupados e tranqüilizando-os mostrando que os recursos são suficientes e que os socorros não tardarão a chegar.
Mantenha os botes corretamente inflados, se houver necessidade acabe de encher com a bomba manual, em caso de vazamentos, utilizar bujões de vedamento.
Verifique com regularidade o estado de enchimento das câmaras. O ar quente dilata-se. Deste modo, nos dias quentes, deixe escapar algum ar das câmaras. Ao esfriar o tempo, bombeie o ar para dentro delas.
Se o barco estiver cheio, os sobreviventes dormirão com dificuldade. É conveniente agrupar os que estão de vigia, a fim de se obter espaço para os que estão repousando.
Só se deverá navegar o bote, quando houver terra à vista. Se o vento estiver soprando em direção a terra, deve-se retirar a biruta d’água.
Evitar se molhar, manter o fundo do bote sempre seco, manter o controle sobre o grupo evitando o pânico. A fome é um perigo menor. Desde que se tenha água é possível sobreviver muitos dias sem comida, a água salgada não deve ser bebida.
Sinalização
Rádio Transmissor de Emergência: O rádio transmissor de emergência deve ser acionado imediatamente após o pouso. Este equipamento emite sinais de SOS, deve ser amarrado ao bote ou “slide-bote”, começará a emitir sinais em cinco segundos enviando sinais por 48 horas (em água doce começa a emitir sinais em cinco minutos).
Espelho de Sinalização: O espelho é um sinalizador diurno, o alcance de visualização de seu reflexo é de aproximadamente 10 milhas, na ausência deste, poderão ser usados superfícies metálicas.
Corante de Marcação: É um item para sinalização diurna, uma vez utilizada, o corante marcador de mar tem a duração de 3 horas aproximadamente, produz intensa mancha verde.
Cartucho ou foguete fopirotécnico: Serão acionados somente quando tivermos certeza da aproximação de navio ou avião, é um sinalizador diurno e noturno, no mar devem ser direcionados para fora do bote, num ângulo de 45 acima do horizonte e a favor do vento. O lado diurno terá a tampa lisa ou com alto relevo indicando D.
Lanternas: Utilizá-las para iluminação, o tempo de uso deve ser o mais breve possível, além das lanternas, poderão ser utilizadas também as luzes existentes nos coletes e botes salva-vidas para sinalizar, com relação a esse assunto se o pouso forçado se der à noite, algumas dessas luzes deverão ser acionadas, mas apenas poucas, pois não temos previsão por quantas noites será a permanência no mar.
Apito: Servirá para atrair a atenção de embarcações próximas, para a localização dos botes durante nevoeiro e para atrair atenção de pessoas quando o bote estiver próximo ao litoral.
Água – Obtenção e Reserva
O racionamento de água deve decorrer nas primeiras 24 horas.Existem os dessalinizadores ou dessalgadores químicos de água do mar, podemos colher água da chuva ou mesmo orvalho.Trazer toda água possível do avião, não se deve fazer esforços demasiados. Tomar cuidado com a sede falsa, a sede verdadeira provoca sensação de queimadura na garganta e boca.
Se não dispuser de água não comer. Numa situação de sobrevivência, é necessário no mínimo ½ litro de água. Uma das maiores fontes de água e alimento será a obtenção de peixes, que ao serem mastigados, fornecerão apreciável quantidade de água.
Alimentação
A principal fonte será a própria ração de sobrevivência existente nos conjuntos, há também os alimentos levados da aeronave, pesca, ou alguma ave que pousar no bote. Cuidado ao conseguir algum alimento marinho, pois poderá haver queimaduras (medusas, águas vivas ou caravelas).
Nunca comer vísceras ou ovos de qualquer peixe desconhecido, ao invés utilizar como iscas, peixes indesejáveis quase totalidade deles vivem em águas pouco profundas de lagunas ou de recifes, apresenta corpo arredondado, pele dura, placas ósseas e espinhos.
Quase todas as espécies de peixes de alto mar são comestíveis.
Manutenção da saúde física e mental
A sobrevivência do homem que cai no mar depende de sua resistência contra tudo aquilo a que fica exposto tais como: frio, calor, enjôo, a sede, fome, fadiga, desânimo, as tempestades e perigos diversos. O melhor equipamento de salvamento é o próprio sobrevivente, quando ele sente que precisa e QUER SOBREVIVER.
Cuidados com os olhos, protegendo-os com óculos ou com algum pano, para prevenir câimbras, devem movimentar as pernas aos poucos, devagar e com movimentos leves, quando sentir enjôo deve ficar deitado no bote, mudando a posição da cabeça, não deve comer ou beber. O toldo do bote protegerá contra a exposição direta do sol.
Queimaduras e ulcerações podem ser ocasionadas pelo vento frio ou pelo calor nas partes descobertas do corpo, neste caso o uso de pomada anti-séptica nos lábios e na pele evita rachaduras.
Peixes marinhos perigosos
Animais marinhos peçonhentos, tais como a moréia, arraias (vivem geralmente em buracos no fundo do mar) e baiacus. Tomar cuidado também com as arraias elétricas que podem emitir descarga de até 220 volts, algumas produzem veneno podendo levar a morte, são animais noturnos.
O tubarão possui um olfato e audição bastante aguçada, neste caso evitar produzir sons e caso haja algum ferimento onde tenha sangramento procurar conter. Em caso de pressentir um tubarão o melhor é mergulhar, freqüentemente se assusta com a presença humana no fundo do mar.
Natação e sinais de terra
Conforme já visto anteriormente, ao abandonar a aeronave num pouso forçado no mar, o sobrevivente deverá inflar o seu colete salva-vidas já fora da aeronave.
Cada câmara do colete salva vidas suporta até 60 Kg inerciais. Além de seus coletes, o sobrevivente poderá improvisar uma bóia com as calças amarrando as duas pernas, dando nó em cada boca segurar pela cintura colocando atrás da cabeça e num movimento rápido jogar para frente. O ar aprisionado ira encher as pernas amarradas da calça.
O sobrevivente que ficar de vigia deve estar atento a qualquer sinal de terra, coloração esverdeada no céu, coloração mais clara de água, aves em maior número, ruído de arrebentação, todos esses sinais podem ser de terra.
O sobrevivente não deve “navegar” o bote, somente diante da situação acima, ou seja, proximidade de terra. Os botes não foram feitos com esta finalidade e diante da necessidade de “navegá-lo”, constata-se que as dificuldades serão inúmeras (formato, ausência de remos, etc.).
Sobrevivência na Selva
Evacuação - EVAC
Se houver um pouso de emergência na selva, deve-se efetuar a evacuação da aeronave apenas voltando a ela quando o combustível tenha sido evaporado. Primeiro socorrer os feridos e acionar imediatamente o rádio transmissor. A sobrevivência estará baseada num tripé: água, alimentação e sono, para se refazer do choque do acidente este último é recomendável.
Sinalização
Colocar panos coloridos sobre as árvores ou outros objetos de cores contrastantes destroem o verde da vegetação facilitando o resgate que leva geralmente 4 dias para a localização. Além disso, utilizar os equipamentos disponíveis, a saber:
Rádio Transmissor de Emergência: Este equipamento emite sinais de SOS, em cinco segundos quando mergulhado em água salgada com duração de transmissão de 48 horas. Em água doce começa a emitir sinais em cinco minutos. As freqüências são 121.5 MHz (VHF) civil, 243.0 MHz (UHF) militar, sendo o alcance vertical 40.000 pés ou 13.000 metros e alcance horizontal 250 milhas náuticas ou 460 Km. O modelo acima mencionado é o “Rescue 99”, utilizado na maioria dos aviões.
O horário de silêncio internacional é diverso nas regiões do globo, estando assim dividido:
Oriente: de 00 aos 03 – dos 30 aos 33 minutos de cada hora.
0 aos 33 minutos de cada hora.idido:e nas seguintes condimo.corrido. v_______________________________________________________Ocidente: de 15 aos 18 – dos 45 aos 48 minutos de cada hora.
Espelho de Sinalização: O espelho é um sinalizador diurno, o alcance de visualização de seu reflexo é de aproximadamente 10 milhas, na ausência deste, poderão ser usados superfícies metálicas. Possui um orifício para que se possa mirar o alvo. O sobrevivente que ficar com este aparelho deve se habituar com o manuseio desde o início, colocando o espelho 10 centímetros do rosto refletindo a luz solar no alvo.
Cartuchos Sinalizadores: Possuem um lado diurno, que produz intensa fumaça de cor alaranjada e um lado noturno que produz fogo pirotécnico; o lado noturno possui características que permitem identificá-lo mesmo à noite (saliência nas bordas, na tampa, argolas etc.) seu uso no mar ou rio devem ser direcionados para fora do bote, num ângulo de 45 acima do horizonte e a favor do vento. O lado diurno terá a tampa lisa ou com alto relevo indicando D.
Pó marcador de água ou corante marcador: É um item para sinalização diurna, uma vez utilizada produz intensa mancha verde com duração de aproximadamente 3 horas, com alcance de 10 milhas.
Lanternas: Seu uso deve ser limitado a casos de real necessidade. As lanternas ativadas à água têm duração aproximada de 8 a 12 horas depois de acionadas. Os coletes salva-vidas como os botes possuem lâmpadas de reação química ativadas à água, que poderão e deverão ser utilizadas como sinalizadores à noite.
Apito: Servirá para atrair a atenção ou atrair atenção de pessoas que se afastarem muito do grupo principal.
Sinalização com recursos do local do acidente: Pequenas fogueiras numa disposição que transmita uma mensagem, como um grande SOS. Durante o dia colocar na fogueira borracha ou óleo dos motores para produzir fumaça negra. Durante a noite, folhas verdes, musgo ou pequenas quantidades de água, para obter fumaça branca.
Utilizar troncos de árvores, pedaços de carenagem, escavar buracos no chão, construindo com estes materiais, mensagens no código terra ar da OACI.
Quando sinalizar com estes itens, faça-os de dimensões grandes 10 a 20 metros, para que possam ser avistados a grandes distâncias.
Obs: A lista de código de sinais a ser usado pelos sobreviventes deve ser visto na apostila, página 29.D em diante.
Abrigo
Após o abandono da aeronave e tomadas as primeiras medidas será sempre a obtenção de abrigo. O abrigo ideal será a própria aeronave, caso haja vítimas fatais retirar e enterrar a uma distância razoável da aeronave. Esta conduta tem como objetivo principal eliminar o impacto negativo da permanente visão dos mortos por parte dos sobreviventes.
O local ideal para a construção de um abrigo caso não seja possível utilizar a aeronave deverá ser um ponto elevado, seco e a mais de 100 metros de curso de água. Alinhar na direção em que sopra o vento, de costas para o mesmo, cavar uma canaleta rasa em volta do abrigo para evitar que ele seja invadido pela água da chuva.
O lixo nunca deverá ser acumulado a fim de se evitar os roedores, que trarão atrás de si, as indesejáveis serpentes, além de atrair os insetos. Para tanto deve-se cavar um buraco longe do acampamento e das fontes de água a uma distância de 700 metros que deverá ser usado também como banheiro.
Fogo
Manter-se-á a fogueira acesa o dia todo, devendo ser designada uma pessoa para este fim, e outra para encontrar lenha. Se o terreno estiver úmido, faça a fogueira sobre uma plataforma de troncos ou pequenas pedras. Evidentemente deve-se proteger os fósforos mantendo-os secos, caso não se disponha deste item ativar o fogo valendo-se de lente de óculos, pilhas de lanterna, foguetes pirotécnicos, atrito de metal e pedra sobre papel ou graveto fino.
Água
Toda água encontrada na selva deverá ser purificada antes de ser consumida. Os meios para tal são os seguintes: no conjunto de sobrevivência contêm iodo, basta adicionar 8 gotas para cada litro deixando agir por 30 minutos. Outro meio é a fervura por pelo menos 1 minuto.
A água de coco é outra importante fonte de água, deve-se escolher os que não sejam muito verdes ou extremamente maduros.
Os cipós, especialmente o de casca grossa, também conhecida como cipó d’água produzem água cristalina, porém deve-se evitar aqueles que produzem líquido leitoso ou amargo.
Cactos, principalmente os bojudos também apresentam grande quantidade de água devendo ser contados pela parte de cima amassando seu miolo.
Outros locais nos quais podemos procurar água, serão locais baixos e úmidos, em encostas, ao longo dos fundos dos vales, e ao pé dos aclives, sempre escavando junto à vegetação verde e viçosa.
Alimentação
O racionamento deverá se iniciar imediatamente após o pouso, deve-se utilizar toda comida disponível no avião, incluindo as rações de sobrevivência que são compostos de caramelos, pílulas vitaminadas e chicletes. Estimar o tempo até o salvamento e dividir as provisões em 3 partes iguais, 2/3 para a primeira metade e 1/3 para a segunda.
Os conteúdos energéticos dos alimentos são dispostos da seguinte maneira:
Carboidratos: Principalmente de origem vegetal, havendo pouca água dar preferência a este grupo.
Proteínas: São combustíveis orgânicos cuja principal finalidade é a de conservar e refazer tecidos. São de origem animal na sua maioria e a quantidade diária situa-se em torno de 90 gramas.
Gorduras: Necessárias em quantidades reduzidas
Algumas regras para a ingestão de alimentos desconhecidos são importantes, uma delas é a de cozinhar uma pequena amostra, por um tempo razoável, em seguida colocar um pouco na boca mastigando sem engolir por aproximadamente por cinco minutos.
A Frutas são importantes, pois as podemos comê-las em estado cru, ao observar os animais e as frutas que comem podemos saber os tipos seguros de ingestão. Além disso, nozes, castanhas e pinhões além de grãos e sementes poderão ser consumidos.
As palmeiras produzem palmito (miolo) que pode ser comido cru ou cozido; está localizado no topo do tronco, normalmente enterrado na árvore entre o início das folhas e o topo. Além disso, produzem também coco e coquinhos muito importantes, pois são comestíveis as polpas e por possuir água.
São outras formas de alimentos encontrados na floresta:
Fetos vegetais e samambaias: ferver os brotos por 10 minutos, trocar a água e voltar a ferver por mais 30 a 40 minutos.
Plantas aquáticas: brotos novos, sabor de aspargo tira-se às palhas.
Casca de árvores: parte interna esbranquiçada cozida em várias águas rica em vitamina C.
Legumes e verduras: escolher os mais novos e macios (tenros).
Raízes: Não esquecer se for amargo ou leitoso não consumir, mandioca brava é venenosa.
São consumíveis após fervura a batata-doce, inhame, mandioca, aspim.
Suco: O sumo das plantas que contêm açúcar pode ser desidratado a ponto de obter calda.
Pesca
Os peixes são ótimos fornecedores de proteínas, ricos em vitamina D. A melhor hora para pescar é bem cedo ou no finalzinho da tarde. Às vezes a pesca noturna dá bons resultado. Mariscos e mexilhões não deverão servir como alimentos. Os caranguejos do mangue estão a 8 a 10 cm da superfície. Evitar tocar em qualquer caracol de forma cônica.
Tomar cuidado com os peixes fluviais perigosos, tais como:
Bagres e Mandis: possui três ferrões de nadadeiras, porém são ótimos para alimentação.
Piranha: peixe carnívoro vive em cardumes é mais perigosa em possas e rios onde a comida é pouca. A mais perigosa é a vermelha.
Arraias: possui um forte ferrão, está sempre nas margens dos rios cobertos de lama ou areia; seu ferrão serrilhado rasga e dilacera a carne, inoculando a peçonha profundamente.
Baiacus: quando retirados da água costumam-se inflar-se
Poraquê: na região do Amazonas, Pará e Mato Grosso é necessário bastante cuidado com este peixe. É conhecido como peixe elétrico, é capaz de emitir uma descarga elétrica de aproximadamente 300 volts.
Candirus: tem a particularidade de penetrar, com incrível facilidade, pela uretra e ânus das pessoas que se banham despidas nos rios.
Pirarara: Peixe que arrasta a vítima para o fundo do rio, para após se alimentar.
Caça
As lebres e aves maiores devem ser suspensas pelos membros inferiores, de modo que o sangue passe para a cabeça. Após a sangria limpar (remover as vísceras) todos os pássaros que caçar, esfolando os maiores. A carne da caça deverá ser fervida por pelo menos 2 a 3 minutos, podendo-se assar ou moquear envolvendo uma camada de barro para evitar queimar o alimento.
Para caçar deve-se utilizar laços, armadilhas, mundéus, atiradeira e arapucas. Consistem em engenhosos instrumentos montados com item disponíveis na floresta como cipó, árvore etc.
Abaixo segue tabela contendo resumo passo a passo das medidas a serem tomadas referentes a cada item encontrado em uma operação de sobrevivência na selva.
EVAC
Sinalização
Abrigo
Fogo
Água
Alimentos
Pesca
Caça
90''
Rádio
Próprio avião
O que tem no avião
1ºs 24hs Kit racionamento
1ºs 24hs Jejum
Kit (no de sobrevivência)
Assar
distância segura
Espelho (D)
Partes do avião
Fogueiras pequenas
Galleys
Galleys
Improvisar anzóis
Moquear
cuidado combustível, deixar evaporar
Cartuchos, foguetes e luzes sinalizadoras
Terreno alto
Duas no mínimo
Purificação
Conteúdo
garatéia (Vários Anzóis)
Fogo indireto
transportar os feridos
Pó ou corante
Evitar margem água 100M
Limpar terreno
Cloro, Iodo e Fervilha
Rações Kit
Bem cedo ou entardecer
Pedras quentes
1ºs socorros
Lanterna
Avalanche enchente
Afastar insetos
Coco, Cipós, Bambus e Cactos
Origem Vegetal Animal
Maior profundidade
armadilhas
acionar rádio
Apito
Recursos locais
Serve para sinalizar
Leitoso ou Cabeludo - Tomar cuidado
C.A.L (Cabeludo, Amargo e Leitoso) Perigo!
Perto de rochedos
organizar e distribuir funções
Material Improvisado
botes
Material Local
Chuva Terreno
Insetos (Fogueira, Cobrir o corpo com roupas)
Maré baixando
planejamento
Fogueiras
direção vento
Terreno úmido fazer base
Cavar margem de lago
Sempre cozer alimentos silvestres, ex amido
Manguezais
descanso
Fumaça branca (folhas) e Negras (borracha)
canaleta
estoque material
frutas
dividir em 3 partes rações 2/3 viagem 1/3 base
Caranguejos
liderança
Código OACI
tipos de abrigo
kit fóforos
local lamaçento
frutas
Cuidados com mariscos / mechilhões / Ostras
turnos de vigia
Através do Aviação
cama + alto
Improvisar lentes óculos Metal com Metal Pedra com Pedra
orvalho
nozes / castanhas / Pinhões
Siris
levantamento suprimento
Coletes / Botes
tipo coletivo
Casca / Breu / Pesina
urina (Não beber!)
Grãos / Sementes
Rede Improvisado
enterrar vítimas à uma distância razoável
Local Dessarrumado
latrina (700M)
Pouco H2O Quando Alimentação
Palmeiras
Cerrado
Instrução Sobrevivência
Lixeira
1/2 Litro em Sobrevivência - 2 Litros situação normal
Fetos
Casco de Navio
4 dias de busca
Aguáticos
Medusas
SAR (Search and Rescue)
Cascas
Caracóis cônicos
Carga / Bagagem
Raízes
Peixes Fluviais perigosos
Roupas
Proteger Sinalizadores
Vigias
Orientação e Deslocamento na Selva
A incerteza e a angústia pode vir a ocorrer, a falta de auto controle pode comprometer toda operação de resgate, não se deve deixar levar por excessos de alegria ou nervosismo, contudo caso seja necessário deixar o local do acidente deixar por escrito as razões e indicações corretas do rumo seguido, fazendo marcas em todo local percorrido.
Só se deve abandonar o local do acidente nas seguintes condições: ter certeza que encontrará ponto melhor de abrigo, alimentação e socorro. Após ter vários dias esperando.
Alimentação
Se parte do grupo sair para procurar socorro, estes deverão levar 2/3 das provisões existentes, o outro 1/3 ficará com aqueles que permanecerem no local do acidente. Quatro sobreviventes é o número ideal para executar uma caminhada sendo o ritmo ideal de 3 horas caminhando por uma descansando.
Orientação
O maior perigo será o de ficar caminhando em círculos, ao encontrar curso d’água poderá resolver o problema, seguindo o mesmo sentido da corrente, neste caso para poupar energia, viajar com mais rapidez construir Jangadas de bambu ou madeira, de uns 2 metros de largura com troncos de 3 a 4 metros de comprimento e uns 30 cm de diâmetro.
Além disso, métodos de orientação colaboraram para a direção a ser tomada, além da bússola outros métodos podem ajudar, a saber:
Pelo relógio de ponteiros: ao norte do equador quando o Sol estiver visível, segure-o horizontalmente, coloque-o de modo que o ponteiro das horas aponte na direção do Sol. A metade ou bissetriz do espaço entre o ponteiro das horas e o número 12 será correspondente à direção sul. Ao sul do equador o norte ficará na metade bissetriz entre n 12 e pontro horas
Vestuário
Deve-se conseguir o máximo de vestuário que puder trazer do avião, pois a roupa protegerá do frio, do calor, das queimaduras do sol, dos insetos e arranhões na pele. O ideal é usar calças compridas e camisas de mangas longas cobrindo a cabeça com uma camisa ou camiseta, improvisando luvas e botas.
Saúde (cuidados)
O maior perigo que se apresenta nas florestas tropicais é representado pelos insetos, muitos dos quais transmissores de moléstias e parasitas como, por exemplo, a febre amarela.
São outros perigos a saúde:
Formigas: combatidas com o fogo
Mutucas: cujas larvas penetram na pele provocando inchaço e deverá ser espremida
Sanguessugas: presente nas áreas pantanosas para livrar-se delas aplicar uma pitada de sal ou tocá-las com um fósforo aceso
Carrapatos: espécie de pulga de areia, deve-se tirá-los cuidadosamente apanhando-os entre o fio de uma faca e o polegar, manter as unhas cursas a fim de evitar a possibilidade de arranhar a pele ao coçar-se.
Animais (peçonhentos)
Os principais animais peçonhentos na selva são as serpentes, aranhas, escorpiões, marimbondos e abelhas. Esses animais inoculam veneno sua classificação é feita levando em consideração da ação do veneno. As principais são as cobras, a saber:
Botrópico: grupo ao qual pertencem à jararaca, urutu, cotiara, jararacuçu, caiçaca, boca-de-sapo. É o mais numeroso, tem seu habitar em regiões úmidas com hábitos noturnos, suas picadas formam edema e manchas avermelhadas. Sem tratamento a letalidade é de 8%.
Crotálico: grupo da cascavel vive em campos abertos regiões secas e pedregosas em cerrados e pastos também possui hábitos noturnos e seu bote é preciso sendo o índice de letalidade para casos sem tratamento de 76%
Laquético: a surucucu maior serpente do continente americano em torno de 4,5 metros também conhecida como Pico-de-jaca.
Elapídico: as corais, sendo estas pequenas em média 50 centímetros de comprimento todas elas gostam de lugares quentes, úmidos e escuros e a letalidade é de 100% caso não haja tratamento adequado.
Para identificar as serpentes peçonhentas pode-se utilizar algumas características clássicas tais como:
Fosseta loreal: é um órgão termo receptor, com a capacidade de perceber variações de temperatura todas a peçonhentas a possuem com exceção das corais.
Cabeça triangular: todas tem com exceção da corais
Presença de chocalho: caracteriza as cobras cascavéis
Dentição: todas não possuem presas, tendo a dentição uniforme
Os filhotes de cobras venenosas têm veneno desde o nascimento.
Métodos de prevenção ao ataque destes animais são: improvisar o uso de botas de cano alto, não colocar a mão em tufos de capim, vegetação, buracos para isso usar luvas, camisas e mangas longas assim como calças compridas, não segurar as cobras com as mãos e evitar caminhar a noite horário preferido por esses animais peçonhentos para caçar.
A prevenção será sempre o melhor tratamento possível, porém caso ocorra mordida não deve-se amarrar ou fazer torniquete, pois o garrote impede a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gargrena e manter o acidentado deitado em repouso, pois a locomoção facilita a absorção do veneno.
Aranhas, escorpiões (amarelo e marron) e abelhas (remover de imediato o ferrão sem comprimir o local): raramente levam ao óbito, os tipos mais comuns de aranhas são:
Caranguejeira: apesar de grandes, podendo atingir 20 centímetros com pêlos compridos nas pernas sua picada é dolorosa, mas apenas pela ação mecânica do que pela ação do veneno.
Viúva negra: cor preta, com manchas vermelhas no abdômen.
Aranha de grama: cor acinzentada ou marrom e mancha escura em forma de flecha no corpo.
Aranha armadeira: cor cinza ou castanho escuro, corpo e pernas com pêlos curtos/
Aranha marrom: cor marrom amarelada, sem manchas, não são agressivas e vivem em teias irregulares (todas), os acidentes são raros, mas é considerada a mais venenosa das aranhas.
Abaixo segue tabela contendo resumo passo a passo das medidas a serem tomadas caso haja necessidade de abandonar o local do pouso de emergência ou abrigo.
Alimentação
Métodos
Vestuário
Saúde
Animais
Abandono do local / situação extrema
Relógio
Máximo Roupas Limpas e Secas
Insetos
Pequenos
48hs
Estrelas
Serpentes
deixar mensagem
Estaca / 12hs
Aranhas
improvisar mapa
Bússola
Escorpiões
sinal de direção
Hemisfério Norte - Ponteiro da hora em direção ao Sol
Abelhas
4 pessoas
Hemisfério Sul nº 12 do Relógio
Prevenção
caminha 3hs descança 1h
Ângulo
levar o que for possível fósforo, caneta, combustível etc
Método ou bissetriz indicará Rumo Norte
Mantenha o rumo
Seguir curso do rio
estabeleça dois pontos de referência
marque caminho
descanço
cuidado com espinhos
subir em "Z"
Acampar cedo + ou - 15hs
Vigias cada 2 hs
Jangada
Abaixo segue tabela contendo resumo dos tipos de animais peçonhentos e prevenções.
Animal ou peixe pode ser peçonhento (com veneno) e perigoso
As cobras possuem dois tipos de venenos
Neuro tóxico - vai até o cérebro
Proteolítico - tipo de ácido que fica no local da picada e apodrece (provoca muita dor)
Crotálica
Elapídico
Neuro tóxico
Cascavél
Coral
Brotrópica
Laquético
Proteolítico
Jararaca
Surucucu
P.I.S.O +
S.A.F.A +_
A
Primeiros
Sinalização
Alimento
socorros
Abrigo
Fogo
Água
Sobrevivência no Gelo
Introdução
O gelo e o frio foram os principais fatores que fizeram do Ártico e da Antártida as últimas regiões exploradas pelo homem. Temperaturas muito baixas, ar seco que dificulta a cicatrização de ferimentos, escassez de alimento e, principalmente, a ação dos ventos fazem com que o homem, caso não conheça algumas noções básicas de sobrevivência, tenha uma sobrevida muito pequena.
Orientações Básicas
A maior quantidade possível de roupas deve ser mantida. A manutenção da temperatura do corpo é um dos maiores segredos para o êxito numa sobrevivência no gelo. As extremidades (mãos, pés, orelhas, cabeça e nariz), mucosas, faces e órgãos genitais devem ser muito bem protegidas.
Ações Imediatas
As ações imediatas prestação de primeiros socorros e acionamento doas radiofaróis de emergência Rádio Beacon
Ações Subseqüentes
Providenciar abrigo, difícil é sobreviver no gelo sem abrigo e calor, o ser humano resistiria poucas horas se possível na própria aeronave.
Abrigos
Deve-se avaliar a área ao redor da aeronave para determinas o local mais adequado à construção do abrigo. O interior da aeronave pode ser utilizado como abrigo. Partes de sua fuselagem poderão ser utilizadas também para confecção de um abrigo. Escorregadeiras e barcos salva-vidas também poderão servir como abrigos. Dentro os tipos de abrigo que podem ser construídos, destacam-se:
Trincheira: é construída rapidamente e proporciona uma proteção eficiente, neste caso deve-se tomar cuidado para que a entrada não se localize na direção do vento. Pode-se utilizar as escorregadeiras, pedaços da fuselagem formando um “V” invertido.
Caverna de Neve: é cômoda, porém de difícil construção. Apresenta maior possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono (proveniente da fonte de calor, fogueira).
Iglu ou Igloo: na eventualidade de uma sobrevivência prolongada no gelo, deve-se buscar um abrigo de construção mais sólida, como neste caso, o iglu. Sua confecção são necessários blocos de gelo com medidas aproximadas de 50 cm X 30 cm X 30 cm.
Fogo
Os únicos combustíveis inflamáveis numa sobrevivência no gelo são os provenientes da própria aeronave (querosene e óleos) e as gorduras de origem animal. Para promover fogo em gordura de origem animal, deve-se depositá-la em recipientes (jarras, baldes de gelo etc), utilizando pavio para acendê-la. A chama proveniente da queima deste combustível é muito brilhante e pode ser avistada a grandes distâncias.
Água
Há duas maneiras de se obter água numa sobrevivência no gelo: Derretendo-se gelo, tendo cuidado para não estar contaminado com fezes ou urina de animais locais ou Colhendo-se água de fonte natural oriunda de degelo, cujo, sob camadas livres de gelo, muitas vezes se pode ouvir.
Alimento
Inicialmente usar as rações do kit de sobrevivência, sem esquecer de que as primeiras 24 horas são de racionamento total. Excetuando-se todo alimento que estiver disponível no interior da aeronave, e que deverá ser retirado, nas regiões polares a alimentação se limitará aos de origem animal: focas, leões marinhos, aves, peixes krill e demais animais marinhos, sendo que, provavelmente as focas serão a principal fonte. Somente nos últimos caso se deve ingerir a carne de pinguis, pois muito comumente está contaminado por vermes.
Cuidados no Gelo
Envenenamento por monóxido de carbono: A queima de velas, lamparinas etc., no interior dos abrigos, promove a liberação de monóxido de carbono, neste caso manter a ventilação adequada como uma chaminé improvisada com buraco a favor do vento.
Congelamento: Os congelamentos a nível epitelial podem ser, basicamente, classificados em três grupos, a saber:
1° grau: Arrepios - não são perigosos. Servem como primeiro sinal.
2° sinal: Flictenas (Ou Bolhas) – indicam um processo de queimadura nos tecidos.
3° grau: Necrose - gangrenas ou manchas escuras na pele indicam uma diminuição muito grande do fluxo sanguíneo para a região.
Qualquer sensação de amortecimento ou anestesiamento (dormência) deve ser encarado como prenúncio de congelamento.
O frio intenso também pode ocasionar o estado de choque e perda da razão, divido ao estreitamento dos vasos sanguíneos pela hipotermia, ficando o indivíduo em estágio letárgico.
O congelamento nunca deverá ser tratado através de fricção, caso haja principio de congelamento das mãos a melhor solução é colocá-las sobre as axilas.
Iniciando-se na face pode ser tratado colocando-se as mãos quentes sobre a mesma.
Caso haja um princípio de congelamento dos pés, o melhor a fazer é colocá-las dentro das vestimentas de outro sobrevivente.
Os sobreviventes, durante o tempo em que estiverem no abrigo, procurem ficar o mais próximo possível um do outro para manter o aquecimento corpóreo.
Cegueira: Não há uma adaptação natural da visão aos reflexos solares na neve, no gelo e na água. Os raios infravermelhos provocam fadiga ótica e dor intensa. Deve-se proteger os olhos utilizando óculos escuros, vendas ou abrigando-se em lugares pouco iluminados.
Ação do vento: O corpo humano queima energia para manter sua temperatura. Em regiões geladas este gasto energético é aumentado. Para se reduzir este problema, os sobreviventes devem se proteger do vento, valendo-se de anteparos (a aeronave, os abrigos, etc).
Necessidades fisiológicas: Construir um outro tipo de abrigo (cova ou trincheira) afastado e sinalizado, abrigado do vento, pois os órgãos genitais podem ser congelados.
Gretas (Ou Fendas): São fendas encobertas de neve e se constituem em perigo potencial para quem caminha sobre o gelo, neste caso deve-se amarrar todos os elementos em torno de cinco metros de distância entre si, e o primeiro homem guia for capaz de vistoriar o solo com um bastão para detectar as gretas existentes.
Aludes: Observar estrito silêncio em áreas de encostas de montanhas, pois a neve acumulada nos topos pode ser deslocada devido ao deslocamento de ondas sonoras (eco) provocando assim uma avalanche.
Animais Perigosos: Durante o deslocamento observar atrás do grupo, periodicamente, a presença de ursos e lobos, que pelo faro apurado seguem seus rastros à procura de alimentos. Os machos de focas, leopardos e os leões marinhos atacam com muita rapidez se tiverem seu território invadido. As aves do tipo skua atacam quase sempre am vôos rasantes, quando sentem seus ninhos ameaçados.
Considerações adicionais: Usar sempre roupas com cores vivas, evitando roupas claras ou brancas, se abandonar à área do pouso ou abrigo em busca de socorro, deixar no acampamento um aviso indicando data, rumo que seguirá e número de pessoas que farão parte do grupo, devido à posição dos pólos da terra as bússolas funcionam de forma irregular não sendo, portanto confiáveis.
Sobrevivência no Deserto
Introdução
Em quase todos os continentes (com exceção da Europa) há extensas regiões que têm com característica a aridez do solo, quase completa ausência de chuvas e temperatura muito quente durante o dia e bastante fria à noite.
No deserto, os procedimentos relativos a: AÇÃO IMEDIATA é idêntica aos de uma sobrevivência na selva. Entretanto, há algumas diferenças quanto a: ABRIGO, FOGO, ÁGUA E ALIMENTO.
Abrigo
No deserto, a construção de um abrigo protegerá os sobreviventes do calor e dos raios do sol durante o dia e, do frio, à noite. Por este motivo a aeronave é um abrigo mais bem indicado no período noturno. Se a área for de montanhas, procurar fendas ou cavernas para abrigar-se, observando se não há animais perigosos.
Fogo
Nos destroços da aeronave procurar todo tipo de material que possa servir como combustível, como também nos porões, bagagens de passageiros, etc. Observar se em volta há vegetação ou plantas que forneçam algum tipo de resina ou breu vegetal que auxilie na obtenção de fogo. Pilhas de lanterna são excelentes fontes de faísca para iniciar-se uma fogueira, como também aerossóis.
Água
A necessidade de ingestão de água no deserto é de duas a três vezes maior do que na selva, sendo essa a maior preocupação do sobrevivente. Nos kits de sobrevivência temos água que deverá ser usada somente após o racionamento nas primeiras 24 horas.
Ao encontrar plantas deve-se cavar ao redor ou em suas proximidades onde provavelmente surgirá água. Entre fendas ou áreas de montanhas é possível encontrar-se alguma umidade; nos oásis a água quase sempre é de má qualidade, salobra e poluída por animais, devendo-se purificá-la antes de bebê-la.
Alimento
De origem vegetal: raras e de vida curta pode-se encontrar algumas que pareça estar seco, neste caso deve-se cavar e buscar suas raízes que, provavelmente, servirão como fonte de alimento. Em pleno deserto pode-se encontrar sementes de gramíneas, favos ou grãos de arbustos. Importante lembra que alimentos desconhecidos de origem vegetal que sejam do tipo CAL (cabeludo – amargo – leitoso) não devem ser ingeridos.
De origem animal: a vida animal é escassa, a procura deve se basear na busca de lugares onde exista certa umidade. Os roedores são mais facilmente encontrados pode-se deixar preparadas algumas armadilhas, em locais estratégicos como exemplificas no manual de sobrevivência na selva.
Cuidados no deserto
No deserto, deve-se dar uma atenção especial ao vestuário para evitar queimaduras na pele. Deve-se usar um pano sobre a cabeça e afrouxar as vestes.
Decisão de permanecer ou abandonar o local do acidente
No deserto assim como na selva não se deve abandonar o local do acidente, a menos que se tenha certeza de conhecer sua localização e que o socorro se encontra a pouca distância. A altíssima temperatura durante o dia não permite longas jornadas. Ao deslocar-se observar o terreno, rumo, aspectos geográficos e o relevo para evitar perigos naturais tais como: areias movediças.
Animais perigosos
Observar constantemente no abrigo, roupa, sapatos, etc a presença de cobras, escorpiões e aranhas, devendo sempre ao tocar, vestir ou calçar-se se prevenir da presença desses animais.
Considerações adicionais
Os desgastes físicos e mentais podem provocar delírios, miragens, depressões, sendo assim, os sobreviventes devem procurar manter-se alertas com aqueles que porventura manifestem esses sintomas, que podem gerar um quadro de difícil controle.
Operações de Resgate com Helicóptero
A falta de autocontrole em uma operação de resgate com helicóptero pode comprometer toda a operação de salvamento, portanto manter a situação sob controle neste momento é vital.
Quando no bote, usar a biruta d’água para evitar a deriva causada pelo vento do helicóptero, utilizando também o sinalizador de fumaça para indicar a direção e intensidade do vento.
A equipe de resgate priorizará os casos mais graves para remoção (crianças, mulheres e idosos, por último os mais válidos).
Ao se aproximar do helicóptero, fazê-lo agachado, em direção aos pilotos.
As áreas em torno do roto principal, de admissão de ar e exaustão da turbina, e em torno do rotor de cauda, são perigosas.
Após o pouso forçado e conseqüentemente o abandono da aeronave, para facilitar a sua sobrevivência e a dos demais é muito importante adotar procedimentos descritos em cada caso, sendo estes: no mar, selva, gelo e deserto.
Sobrevivência no Mar
Depois de completar a lotação do bote, soltar a corda que o prende ao avião afastando-se das águas cobertas por combustível ou destroços, mantendo-se a certa distância da aeronave.
Buscar os sobreviventes flutuando sem sentidos, semi-afogados, boiando em seus coletes inflados. Acionar o rádio transmissor, prestar os primeiros socorros.
Os botes deverão estar secos, o toldo armado servirá entre outras coisas, para coletar água da chuva. Preparar cartuchos pirotécnicos, corantes ou pó marcador de mar, espelho sinalizador, lanternas etc., apenas AO AVISTAR-SE OU OUVIR UMA EMBARCAÇÃO OU AERONAVE.
Racionar água e alimentos, as primeiras 24 horas serão de jejum total.Tudo deve ficar devidamente amarrado, para que não se perca em caso de o bote virar.
Fazer verificações periódicas na biruta d’água, com mar calmo liberar toda a extensão da corda, com mar agitado meia extensão da corda.
Dividir os ocupantes do bote em turnos de vigilância, não excedendo há duas horas, distribuindo tarefas a todos para que se mantenham ocupados e tranqüilizando-os mostrando que os recursos são suficientes e que os socorros não tardarão a chegar.
Mantenha os botes corretamente inflados, se houver necessidade acabe de encher com a bomba manual, em caso de vazamentos, utilizar bujões de vedamento.
Verifique com regularidade o estado de enchimento das câmaras. O ar quente dilata-se. Deste modo, nos dias quentes, deixe escapar algum ar das câmaras. Ao esfriar o tempo, bombeie o ar para dentro delas.
Se o barco estiver cheio, os sobreviventes dormirão com dificuldade. É conveniente agrupar os que estão de vigia, a fim de se obter espaço para os que estão repousando.
Só se deverá navegar o bote, quando houver terra à vista. Se o vento estiver soprando em direção a terra, deve-se retirar a biruta d’água.
Evitar se molhar, manter o fundo do bote sempre seco, manter o controle sobre o grupo evitando o pânico. A fome é um perigo menor. Desde que se tenha água é possível sobreviver muitos dias sem comida, a água salgada não deve ser bebida.
Sinalização
Rádio Transmissor de Emergência: O rádio transmissor de emergência deve ser acionado imediatamente após o pouso. Este equipamento emite sinais de SOS, deve ser amarrado ao bote ou “slide-bote”, começará a emitir sinais em cinco segundos enviando sinais por 48 horas (em água doce começa a emitir sinais em cinco minutos).
Espelho de Sinalização: O espelho é um sinalizador diurno, o alcance de visualização de seu reflexo é de aproximadamente 10 milhas, na ausência deste, poderão ser usados superfícies metálicas.
Corante de Marcação: É um item para sinalização diurna, uma vez utilizada, o corante marcador de mar tem a duração de 3 horas aproximadamente, produz intensa mancha verde.
Cartucho ou foguete fopirotécnico: Serão acionados somente quando tivermos certeza da aproximação de navio ou avião, é um sinalizador diurno e noturno, no mar devem ser direcionados para fora do bote, num ângulo de 45 acima do horizonte e a favor do vento. O lado diurno terá a tampa lisa ou com alto relevo indicando D.
Lanternas: Utilizá-las para iluminação, o tempo de uso deve ser o mais breve possível, além das lanternas, poderão ser utilizadas também as luzes existentes nos coletes e botes salva-vidas para sinalizar, com relação a esse assunto se o pouso forçado se der à noite, algumas dessas luzes deverão ser acionadas, mas apenas poucas, pois não temos previsão por quantas noites será a permanência no mar.
Apito: Servirá para atrair a atenção de embarcações próximas, para a localização dos botes durante nevoeiro e para atrair atenção de pessoas quando o bote estiver próximo ao litoral.
Água – Obtenção e Reserva
O racionamento de água deve decorrer nas primeiras 24 horas.Existem os dessalinizadores ou dessalgadores químicos de água do mar, podemos colher água da chuva ou mesmo orvalho.Trazer toda água possível do avião, não se deve fazer esforços demasiados. Tomar cuidado com a sede falsa, a sede verdadeira provoca sensação de queimadura na garganta e boca.
Se não dispuser de água não comer. Numa situação de sobrevivência, é necessário no mínimo ½ litro de água. Uma das maiores fontes de água e alimento será a obtenção de peixes, que ao serem mastigados, fornecerão apreciável quantidade de água.
Alimentação
A principal fonte será a própria ração de sobrevivência existente nos conjuntos, há também os alimentos levados da aeronave, pesca, ou alguma ave que pousar no bote. Cuidado ao conseguir algum alimento marinho, pois poderá haver queimaduras (medusas, águas vivas ou caravelas).
Nunca comer vísceras ou ovos de qualquer peixe desconhecido, ao invés utilizar como iscas, peixes indesejáveis quase totalidade deles vivem em águas pouco profundas de lagunas ou de recifes, apresenta corpo arredondado, pele dura, placas ósseas e espinhos.
Quase todas as espécies de peixes de alto mar são comestíveis.
Manutenção da saúde física e mental
A sobrevivência do homem que cai no mar depende de sua resistência contra tudo aquilo a que fica exposto tais como: frio, calor, enjôo, a sede, fome, fadiga, desânimo, as tempestades e perigos diversos. O melhor equipamento de salvamento é o próprio sobrevivente, quando ele sente que precisa e QUER SOBREVIVER.
Cuidados com os olhos, protegendo-os com óculos ou com algum pano, para prevenir câimbras, devem movimentar as pernas aos poucos, devagar e com movimentos leves, quando sentir enjôo deve ficar deitado no bote, mudando a posição da cabeça, não deve comer ou beber. O toldo do bote protegerá contra a exposição direta do sol.
Queimaduras e ulcerações podem ser ocasionadas pelo vento frio ou pelo calor nas partes descobertas do corpo, neste caso o uso de pomada anti-séptica nos lábios e na pele evita rachaduras.
Peixes marinhos perigosos
Animais marinhos peçonhentos, tais como a moréia, arraias (vivem geralmente em buracos no fundo do mar) e baiacus. Tomar cuidado também com as arraias elétricas que podem emitir descarga de até 220 volts, algumas produzem veneno podendo levar a morte, são animais noturnos.
O tubarão possui um olfato e audição bastante aguçada, neste caso evitar produzir sons e caso haja algum ferimento onde tenha sangramento procurar conter. Em caso de pressentir um tubarão o melhor é mergulhar, freqüentemente se assusta com a presença humana no fundo do mar.
Natação e sinais de terra
Conforme já visto anteriormente, ao abandonar a aeronave num pouso forçado no mar, o sobrevivente deverá inflar o seu colete salva-vidas já fora da aeronave.
Cada câmara do colete salva vidas suporta até 60 Kg inerciais. Além de seus coletes, o sobrevivente poderá improvisar uma bóia com as calças amarrando as duas pernas, dando nó em cada boca segurar pela cintura colocando atrás da cabeça e num movimento rápido jogar para frente. O ar aprisionado ira encher as pernas amarradas da calça.
O sobrevivente que ficar de vigia deve estar atento a qualquer sinal de terra, coloração esverdeada no céu, coloração mais clara de água, aves em maior número, ruído de arrebentação, todos esses sinais podem ser de terra.
O sobrevivente não deve “navegar” o bote, somente diante da situação acima, ou seja, proximidade de terra. Os botes não foram feitos com esta finalidade e diante da necessidade de “navegá-lo”, constata-se que as dificuldades serão inúmeras (formato, ausência de remos, etc.).
Sobrevivência na Selva
Evacuação - EVAC
Se houver um pouso de emergência na selva, deve-se efetuar a evacuação da aeronave apenas voltando a ela quando o combustível tenha sido evaporado. Primeiro socorrer os feridos e acionar imediatamente o rádio transmissor. A sobrevivência estará baseada num tripé: água, alimentação e sono, para se refazer do choque do acidente este último é recomendável.
Sinalização
Colocar panos coloridos sobre as árvores ou outros objetos de cores contrastantes destroem o verde da vegetação facilitando o resgate que leva geralmente 4 dias para a localização. Além disso, utilizar os equipamentos disponíveis, a saber:
Rádio Transmissor de Emergência: Este equipamento emite sinais de SOS, em cinco segundos quando mergulhado em água salgada com duração de transmissão de 48 horas. Em água doce começa a emitir sinais em cinco minutos. As freqüências são 121.5 MHz (VHF) civil, 243.0 MHz (UHF) militar, sendo o alcance vertical 40.000 pés ou 13.000 metros e alcance horizontal 250 milhas náuticas ou 460 Km. O modelo acima mencionado é o “Rescue 99”, utilizado na maioria dos aviões.
O horário de silêncio internacional é diverso nas regiões do globo, estando assim dividido:
Oriente: de 00 aos 03 – dos 30 aos 33 minutos de cada hora.
0 aos 33 minutos de cada hora.idido:e nas seguintes condimo.corrido. v_______________________________________________________Ocidente: de 15 aos 18 – dos 45 aos 48 minutos de cada hora.
Espelho de Sinalização: O espelho é um sinalizador diurno, o alcance de visualização de seu reflexo é de aproximadamente 10 milhas, na ausência deste, poderão ser usados superfícies metálicas. Possui um orifício para que se possa mirar o alvo. O sobrevivente que ficar com este aparelho deve se habituar com o manuseio desde o início, colocando o espelho 10 centímetros do rosto refletindo a luz solar no alvo.
Cartuchos Sinalizadores: Possuem um lado diurno, que produz intensa fumaça de cor alaranjada e um lado noturno que produz fogo pirotécnico; o lado noturno possui características que permitem identificá-lo mesmo à noite (saliência nas bordas, na tampa, argolas etc.) seu uso no mar ou rio devem ser direcionados para fora do bote, num ângulo de 45 acima do horizonte e a favor do vento. O lado diurno terá a tampa lisa ou com alto relevo indicando D.
Pó marcador de água ou corante marcador: É um item para sinalização diurna, uma vez utilizada produz intensa mancha verde com duração de aproximadamente 3 horas, com alcance de 10 milhas.
Lanternas: Seu uso deve ser limitado a casos de real necessidade. As lanternas ativadas à água têm duração aproximada de 8 a 12 horas depois de acionadas. Os coletes salva-vidas como os botes possuem lâmpadas de reação química ativadas à água, que poderão e deverão ser utilizadas como sinalizadores à noite.
Apito: Servirá para atrair a atenção ou atrair atenção de pessoas que se afastarem muito do grupo principal.
Sinalização com recursos do local do acidente: Pequenas fogueiras numa disposição que transmita uma mensagem, como um grande SOS. Durante o dia colocar na fogueira borracha ou óleo dos motores para produzir fumaça negra. Durante a noite, folhas verdes, musgo ou pequenas quantidades de água, para obter fumaça branca.
Utilizar troncos de árvores, pedaços de carenagem, escavar buracos no chão, construindo com estes materiais, mensagens no código terra ar da OACI.
Quando sinalizar com estes itens, faça-os de dimensões grandes 10 a 20 metros, para que possam ser avistados a grandes distâncias.
Obs: A lista de código de sinais a ser usado pelos sobreviventes deve ser visto na apostila, página 29.D em diante.
Abrigo
Após o abandono da aeronave e tomadas as primeiras medidas será sempre a obtenção de abrigo. O abrigo ideal será a própria aeronave, caso haja vítimas fatais retirar e enterrar a uma distância razoável da aeronave. Esta conduta tem como objetivo principal eliminar o impacto negativo da permanente visão dos mortos por parte dos sobreviventes.
O local ideal para a construção de um abrigo caso não seja possível utilizar a aeronave deverá ser um ponto elevado, seco e a mais de 100 metros de curso de água. Alinhar na direção em que sopra o vento, de costas para o mesmo, cavar uma canaleta rasa em volta do abrigo para evitar que ele seja invadido pela água da chuva.
O lixo nunca deverá ser acumulado a fim de se evitar os roedores, que trarão atrás de si, as indesejáveis serpentes, além de atrair os insetos. Para tanto deve-se cavar um buraco longe do acampamento e das fontes de água a uma distância de 700 metros que deverá ser usado também como banheiro.
Fogo
Manter-se-á a fogueira acesa o dia todo, devendo ser designada uma pessoa para este fim, e outra para encontrar lenha. Se o terreno estiver úmido, faça a fogueira sobre uma plataforma de troncos ou pequenas pedras. Evidentemente deve-se proteger os fósforos mantendo-os secos, caso não se disponha deste item ativar o fogo valendo-se de lente de óculos, pilhas de lanterna, foguetes pirotécnicos, atrito de metal e pedra sobre papel ou graveto fino.
Água
Toda água encontrada na selva deverá ser purificada antes de ser consumida. Os meios para tal são os seguintes: no conjunto de sobrevivência contêm iodo, basta adicionar 8 gotas para cada litro deixando agir por 30 minutos. Outro meio é a fervura por pelo menos 1 minuto.
A água de coco é outra importante fonte de água, deve-se escolher os que não sejam muito verdes ou extremamente maduros.
Os cipós, especialmente o de casca grossa, também conhecida como cipó d’água produzem água cristalina, porém deve-se evitar aqueles que produzem líquido leitoso ou amargo.
Cactos, principalmente os bojudos também apresentam grande quantidade de água devendo ser contados pela parte de cima amassando seu miolo.
Outros locais nos quais podemos procurar água, serão locais baixos e úmidos, em encostas, ao longo dos fundos dos vales, e ao pé dos aclives, sempre escavando junto à vegetação verde e viçosa.
Alimentação
O racionamento deverá se iniciar imediatamente após o pouso, deve-se utilizar toda comida disponível no avião, incluindo as rações de sobrevivência que são compostos de caramelos, pílulas vitaminadas e chicletes. Estimar o tempo até o salvamento e dividir as provisões em 3 partes iguais, 2/3 para a primeira metade e 1/3 para a segunda.
Os conteúdos energéticos dos alimentos são dispostos da seguinte maneira:
Carboidratos: Principalmente de origem vegetal, havendo pouca água dar preferência a este grupo.
Proteínas: São combustíveis orgânicos cuja principal finalidade é a de conservar e refazer tecidos. São de origem animal na sua maioria e a quantidade diária situa-se em torno de 90 gramas.
Gorduras: Necessárias em quantidades reduzidas
Algumas regras para a ingestão de alimentos desconhecidos são importantes, uma delas é a de cozinhar uma pequena amostra, por um tempo razoável, em seguida colocar um pouco na boca mastigando sem engolir por aproximadamente por cinco minutos.
A Frutas são importantes, pois as podemos comê-las em estado cru, ao observar os animais e as frutas que comem podemos saber os tipos seguros de ingestão. Além disso, nozes, castanhas e pinhões além de grãos e sementes poderão ser consumidos.
As palmeiras produzem palmito (miolo) que pode ser comido cru ou cozido; está localizado no topo do tronco, normalmente enterrado na árvore entre o início das folhas e o topo. Além disso, produzem também coco e coquinhos muito importantes, pois são comestíveis as polpas e por possuir água.
São outras formas de alimentos encontrados na floresta:
Fetos vegetais e samambaias: ferver os brotos por 10 minutos, trocar a água e voltar a ferver por mais 30 a 40 minutos.
Plantas aquáticas: brotos novos, sabor de aspargo tira-se às palhas.
Casca de árvores: parte interna esbranquiçada cozida em várias águas rica em vitamina C.
Legumes e verduras: escolher os mais novos e macios (tenros).
Raízes: Não esquecer se for amargo ou leitoso não consumir, mandioca brava é venenosa.
São consumíveis após fervura a batata-doce, inhame, mandioca, aspim.
Suco: O sumo das plantas que contêm açúcar pode ser desidratado a ponto de obter calda.
Pesca
Os peixes são ótimos fornecedores de proteínas, ricos em vitamina D. A melhor hora para pescar é bem cedo ou no finalzinho da tarde. Às vezes a pesca noturna dá bons resultado. Mariscos e mexilhões não deverão servir como alimentos. Os caranguejos do mangue estão a 8 a 10 cm da superfície. Evitar tocar em qualquer caracol de forma cônica.
Tomar cuidado com os peixes fluviais perigosos, tais como:
Bagres e Mandis: possui três ferrões de nadadeiras, porém são ótimos para alimentação.
Piranha: peixe carnívoro vive em cardumes é mais perigosa em possas e rios onde a comida é pouca. A mais perigosa é a vermelha.
Arraias: possui um forte ferrão, está sempre nas margens dos rios cobertos de lama ou areia; seu ferrão serrilhado rasga e dilacera a carne, inoculando a peçonha profundamente.
Baiacus: quando retirados da água costumam-se inflar-se
Poraquê: na região do Amazonas, Pará e Mato Grosso é necessário bastante cuidado com este peixe. É conhecido como peixe elétrico, é capaz de emitir uma descarga elétrica de aproximadamente 300 volts.
Candirus: tem a particularidade de penetrar, com incrível facilidade, pela uretra e ânus das pessoas que se banham despidas nos rios.
Pirarara: Peixe que arrasta a vítima para o fundo do rio, para após se alimentar.
Caça
As lebres e aves maiores devem ser suspensas pelos membros inferiores, de modo que o sangue passe para a cabeça. Após a sangria limpar (remover as vísceras) todos os pássaros que caçar, esfolando os maiores. A carne da caça deverá ser fervida por pelo menos 2 a 3 minutos, podendo-se assar ou moquear envolvendo uma camada de barro para evitar queimar o alimento.
Para caçar deve-se utilizar laços, armadilhas, mundéus, atiradeira e arapucas. Consistem em engenhosos instrumentos montados com item disponíveis na floresta como cipó, árvore etc.
Abaixo segue tabela contendo resumo passo a passo das medidas a serem tomadas referentes a cada item encontrado em uma operação de sobrevivência na selva.
EVAC
Sinalização
Abrigo
Fogo
Água
Alimentos
Pesca
Caça
90''
Rádio
Próprio avião
O que tem no avião
1ºs 24hs Kit racionamento
1ºs 24hs Jejum
Kit (no de sobrevivência)
Assar
distância segura
Espelho (D)
Partes do avião
Fogueiras pequenas
Galleys
Galleys
Improvisar anzóis
Moquear
cuidado combustível, deixar evaporar
Cartuchos, foguetes e luzes sinalizadoras
Terreno alto
Duas no mínimo
Purificação
Conteúdo
garatéia (Vários Anzóis)
Fogo indireto
transportar os feridos
Pó ou corante
Evitar margem água 100M
Limpar terreno
Cloro, Iodo e Fervilha
Rações Kit
Bem cedo ou entardecer
Pedras quentes
1ºs socorros
Lanterna
Avalanche enchente
Afastar insetos
Coco, Cipós, Bambus e Cactos
Origem Vegetal Animal
Maior profundidade
armadilhas
acionar rádio
Apito
Recursos locais
Serve para sinalizar
Leitoso ou Cabeludo - Tomar cuidado
C.A.L (Cabeludo, Amargo e Leitoso) Perigo!
Perto de rochedos
organizar e distribuir funções
Material Improvisado
botes
Material Local
Chuva Terreno
Insetos (Fogueira, Cobrir o corpo com roupas)
Maré baixando
planejamento
Fogueiras
direção vento
Terreno úmido fazer base
Cavar margem de lago
Sempre cozer alimentos silvestres, ex amido
Manguezais
descanso
Fumaça branca (folhas) e Negras (borracha)
canaleta
estoque material
frutas
dividir em 3 partes rações 2/3 viagem 1/3 base
Caranguejos
liderança
Código OACI
tipos de abrigo
kit fóforos
local lamaçento
frutas
Cuidados com mariscos / mechilhões / Ostras
turnos de vigia
Através do Aviação
cama + alto
Improvisar lentes óculos Metal com Metal Pedra com Pedra
orvalho
nozes / castanhas / Pinhões
Siris
levantamento suprimento
Coletes / Botes
tipo coletivo
Casca / Breu / Pesina
urina (Não beber!)
Grãos / Sementes
Rede Improvisado
enterrar vítimas à uma distância razoável
Local Dessarrumado
latrina (700M)
Pouco H2O Quando Alimentação
Palmeiras
Cerrado
Instrução Sobrevivência
Lixeira
1/2 Litro em Sobrevivência - 2 Litros situação normal
Fetos
Casco de Navio
4 dias de busca
Aguáticos
Medusas
SAR (Search and Rescue)
Cascas
Caracóis cônicos
Carga / Bagagem
Raízes
Peixes Fluviais perigosos
Roupas
Proteger Sinalizadores
Vigias
Orientação e Deslocamento na Selva
A incerteza e a angústia pode vir a ocorrer, a falta de auto controle pode comprometer toda operação de resgate, não se deve deixar levar por excessos de alegria ou nervosismo, contudo caso seja necessário deixar o local do acidente deixar por escrito as razões e indicações corretas do rumo seguido, fazendo marcas em todo local percorrido.
Só se deve abandonar o local do acidente nas seguintes condições: ter certeza que encontrará ponto melhor de abrigo, alimentação e socorro. Após ter vários dias esperando.
Alimentação
Se parte do grupo sair para procurar socorro, estes deverão levar 2/3 das provisões existentes, o outro 1/3 ficará com aqueles que permanecerem no local do acidente. Quatro sobreviventes é o número ideal para executar uma caminhada sendo o ritmo ideal de 3 horas caminhando por uma descansando.
Orientação
O maior perigo será o de ficar caminhando em círculos, ao encontrar curso d’água poderá resolver o problema, seguindo o mesmo sentido da corrente, neste caso para poupar energia, viajar com mais rapidez construir Jangadas de bambu ou madeira, de uns 2 metros de largura com troncos de 3 a 4 metros de comprimento e uns 30 cm de diâmetro.
Além disso, métodos de orientação colaboraram para a direção a ser tomada, além da bússola outros métodos podem ajudar, a saber:
Pelo relógio de ponteiros: ao norte do equador quando o Sol estiver visível, segure-o horizontalmente, coloque-o de modo que o ponteiro das horas aponte na direção do Sol. A metade ou bissetriz do espaço entre o ponteiro das horas e o número 12 será correspondente à direção sul. Ao sul do equador o norte ficará na metade bissetriz entre n 12 e pontro horas
Vestuário
Deve-se conseguir o máximo de vestuário que puder trazer do avião, pois a roupa protegerá do frio, do calor, das queimaduras do sol, dos insetos e arranhões na pele. O ideal é usar calças compridas e camisas de mangas longas cobrindo a cabeça com uma camisa ou camiseta, improvisando luvas e botas.
Saúde (cuidados)
O maior perigo que se apresenta nas florestas tropicais é representado pelos insetos, muitos dos quais transmissores de moléstias e parasitas como, por exemplo, a febre amarela.
São outros perigos a saúde:
Formigas: combatidas com o fogo
Mutucas: cujas larvas penetram na pele provocando inchaço e deverá ser espremida
Sanguessugas: presente nas áreas pantanosas para livrar-se delas aplicar uma pitada de sal ou tocá-las com um fósforo aceso
Carrapatos: espécie de pulga de areia, deve-se tirá-los cuidadosamente apanhando-os entre o fio de uma faca e o polegar, manter as unhas cursas a fim de evitar a possibilidade de arranhar a pele ao coçar-se.
Animais (peçonhentos)
Os principais animais peçonhentos na selva são as serpentes, aranhas, escorpiões, marimbondos e abelhas. Esses animais inoculam veneno sua classificação é feita levando em consideração da ação do veneno. As principais são as cobras, a saber:
Botrópico: grupo ao qual pertencem à jararaca, urutu, cotiara, jararacuçu, caiçaca, boca-de-sapo. É o mais numeroso, tem seu habitar em regiões úmidas com hábitos noturnos, suas picadas formam edema e manchas avermelhadas. Sem tratamento a letalidade é de 8%.
Crotálico: grupo da cascavel vive em campos abertos regiões secas e pedregosas em cerrados e pastos também possui hábitos noturnos e seu bote é preciso sendo o índice de letalidade para casos sem tratamento de 76%
Laquético: a surucucu maior serpente do continente americano em torno de 4,5 metros também conhecida como Pico-de-jaca.
Elapídico: as corais, sendo estas pequenas em média 50 centímetros de comprimento todas elas gostam de lugares quentes, úmidos e escuros e a letalidade é de 100% caso não haja tratamento adequado.
Para identificar as serpentes peçonhentas pode-se utilizar algumas características clássicas tais como:
Fosseta loreal: é um órgão termo receptor, com a capacidade de perceber variações de temperatura todas a peçonhentas a possuem com exceção das corais.
Cabeça triangular: todas tem com exceção da corais
Presença de chocalho: caracteriza as cobras cascavéis
Dentição: todas não possuem presas, tendo a dentição uniforme
Os filhotes de cobras venenosas têm veneno desde o nascimento.
Métodos de prevenção ao ataque destes animais são: improvisar o uso de botas de cano alto, não colocar a mão em tufos de capim, vegetação, buracos para isso usar luvas, camisas e mangas longas assim como calças compridas, não segurar as cobras com as mãos e evitar caminhar a noite horário preferido por esses animais peçonhentos para caçar.
A prevenção será sempre o melhor tratamento possível, porém caso ocorra mordida não deve-se amarrar ou fazer torniquete, pois o garrote impede a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gargrena e manter o acidentado deitado em repouso, pois a locomoção facilita a absorção do veneno.
Aranhas, escorpiões (amarelo e marron) e abelhas (remover de imediato o ferrão sem comprimir o local): raramente levam ao óbito, os tipos mais comuns de aranhas são:
Caranguejeira: apesar de grandes, podendo atingir 20 centímetros com pêlos compridos nas pernas sua picada é dolorosa, mas apenas pela ação mecânica do que pela ação do veneno.
Viúva negra: cor preta, com manchas vermelhas no abdômen.
Aranha de grama: cor acinzentada ou marrom e mancha escura em forma de flecha no corpo.
Aranha armadeira: cor cinza ou castanho escuro, corpo e pernas com pêlos curtos/
Aranha marrom: cor marrom amarelada, sem manchas, não são agressivas e vivem em teias irregulares (todas), os acidentes são raros, mas é considerada a mais venenosa das aranhas.
Abaixo segue tabela contendo resumo passo a passo das medidas a serem tomadas caso haja necessidade de abandonar o local do pouso de emergência ou abrigo.
Alimentação
Métodos
Vestuário
Saúde
Animais
Abandono do local / situação extrema
Relógio
Máximo Roupas Limpas e Secas
Insetos
Pequenos
48hs
Estrelas
Serpentes
deixar mensagem
Estaca / 12hs
Aranhas
improvisar mapa
Bússola
Escorpiões
sinal de direção
Hemisfério Norte - Ponteiro da hora em direção ao Sol
Abelhas
4 pessoas
Hemisfério Sul nº 12 do Relógio
Prevenção
caminha 3hs descança 1h
Ângulo
levar o que for possível fósforo, caneta, combustível etc
Método ou bissetriz indicará Rumo Norte
Mantenha o rumo
Seguir curso do rio
estabeleça dois pontos de referência
marque caminho
descanço
cuidado com espinhos
subir em "Z"
Acampar cedo + ou - 15hs
Vigias cada 2 hs
Jangada
Abaixo segue tabela contendo resumo dos tipos de animais peçonhentos e prevenções.
Animal ou peixe pode ser peçonhento (com veneno) e perigoso
As cobras possuem dois tipos de venenos
Neuro tóxico - vai até o cérebro
Proteolítico - tipo de ácido que fica no local da picada e apodrece (provoca muita dor)
Crotálica
Elapídico
Neuro tóxico
Cascavél
Coral
Brotrópica
Laquético
Proteolítico
Jararaca
Surucucu
P.I.S.O +
S.A.F.A +_
A
Primeiros
Sinalização
Alimento
socorros
Abrigo
Fogo
Água
Sobrevivência no Gelo
Introdução
O gelo e o frio foram os principais fatores que fizeram do Ártico e da Antártida as últimas regiões exploradas pelo homem. Temperaturas muito baixas, ar seco que dificulta a cicatrização de ferimentos, escassez de alimento e, principalmente, a ação dos ventos fazem com que o homem, caso não conheça algumas noções básicas de sobrevivência, tenha uma sobrevida muito pequena.
Orientações Básicas
A maior quantidade possível de roupas deve ser mantida. A manutenção da temperatura do corpo é um dos maiores segredos para o êxito numa sobrevivência no gelo. As extremidades (mãos, pés, orelhas, cabeça e nariz), mucosas, faces e órgãos genitais devem ser muito bem protegidas.
Ações Imediatas
As ações imediatas prestação de primeiros socorros e acionamento doas radiofaróis de emergência Rádio Beacon
Ações Subseqüentes
Providenciar abrigo, difícil é sobreviver no gelo sem abrigo e calor, o ser humano resistiria poucas horas se possível na própria aeronave.
Abrigos
Deve-se avaliar a área ao redor da aeronave para determinas o local mais adequado à construção do abrigo. O interior da aeronave pode ser utilizado como abrigo. Partes de sua fuselagem poderão ser utilizadas também para confecção de um abrigo. Escorregadeiras e barcos salva-vidas também poderão servir como abrigos. Dentro os tipos de abrigo que podem ser construídos, destacam-se:
Trincheira: é construída rapidamente e proporciona uma proteção eficiente, neste caso deve-se tomar cuidado para que a entrada não se localize na direção do vento. Pode-se utilizar as escorregadeiras, pedaços da fuselagem formando um “V” invertido.
Caverna de Neve: é cômoda, porém de difícil construção. Apresenta maior possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono (proveniente da fonte de calor, fogueira).
Iglu ou Igloo: na eventualidade de uma sobrevivência prolongada no gelo, deve-se buscar um abrigo de construção mais sólida, como neste caso, o iglu. Sua confecção são necessários blocos de gelo com medidas aproximadas de 50 cm X 30 cm X 30 cm.
Fogo
Os únicos combustíveis inflamáveis numa sobrevivência no gelo são os provenientes da própria aeronave (querosene e óleos) e as gorduras de origem animal. Para promover fogo em gordura de origem animal, deve-se depositá-la em recipientes (jarras, baldes de gelo etc), utilizando pavio para acendê-la. A chama proveniente da queima deste combustível é muito brilhante e pode ser avistada a grandes distâncias.
Água
Há duas maneiras de se obter água numa sobrevivência no gelo: Derretendo-se gelo, tendo cuidado para não estar contaminado com fezes ou urina de animais locais ou Colhendo-se água de fonte natural oriunda de degelo, cujo, sob camadas livres de gelo, muitas vezes se pode ouvir.
Alimento
Inicialmente usar as rações do kit de sobrevivência, sem esquecer de que as primeiras 24 horas são de racionamento total. Excetuando-se todo alimento que estiver disponível no interior da aeronave, e que deverá ser retirado, nas regiões polares a alimentação se limitará aos de origem animal: focas, leões marinhos, aves, peixes krill e demais animais marinhos, sendo que, provavelmente as focas serão a principal fonte. Somente nos últimos caso se deve ingerir a carne de pinguis, pois muito comumente está contaminado por vermes.
Cuidados no Gelo
Envenenamento por monóxido de carbono: A queima de velas, lamparinas etc., no interior dos abrigos, promove a liberação de monóxido de carbono, neste caso manter a ventilação adequada como uma chaminé improvisada com buraco a favor do vento.
Congelamento: Os congelamentos a nível epitelial podem ser, basicamente, classificados em três grupos, a saber:
1° grau: Arrepios - não são perigosos. Servem como primeiro sinal.
2° sinal: Flictenas (Ou Bolhas) – indicam um processo de queimadura nos tecidos.
3° grau: Necrose - gangrenas ou manchas escuras na pele indicam uma diminuição muito grande do fluxo sanguíneo para a região.
Qualquer sensação de amortecimento ou anestesiamento (dormência) deve ser encarado como prenúncio de congelamento.
O frio intenso também pode ocasionar o estado de choque e perda da razão, divido ao estreitamento dos vasos sanguíneos pela hipotermia, ficando o indivíduo em estágio letárgico.
O congelamento nunca deverá ser tratado através de fricção, caso haja principio de congelamento das mãos a melhor solução é colocá-las sobre as axilas.
Iniciando-se na face pode ser tratado colocando-se as mãos quentes sobre a mesma.
Caso haja um princípio de congelamento dos pés, o melhor a fazer é colocá-las dentro das vestimentas de outro sobrevivente.
Os sobreviventes, durante o tempo em que estiverem no abrigo, procurem ficar o mais próximo possível um do outro para manter o aquecimento corpóreo.
Cegueira: Não há uma adaptação natural da visão aos reflexos solares na neve, no gelo e na água. Os raios infravermelhos provocam fadiga ótica e dor intensa. Deve-se proteger os olhos utilizando óculos escuros, vendas ou abrigando-se em lugares pouco iluminados.
Ação do vento: O corpo humano queima energia para manter sua temperatura. Em regiões geladas este gasto energético é aumentado. Para se reduzir este problema, os sobreviventes devem se proteger do vento, valendo-se de anteparos (a aeronave, os abrigos, etc).
Necessidades fisiológicas: Construir um outro tipo de abrigo (cova ou trincheira) afastado e sinalizado, abrigado do vento, pois os órgãos genitais podem ser congelados.
Gretas (Ou Fendas): São fendas encobertas de neve e se constituem em perigo potencial para quem caminha sobre o gelo, neste caso deve-se amarrar todos os elementos em torno de cinco metros de distância entre si, e o primeiro homem guia for capaz de vistoriar o solo com um bastão para detectar as gretas existentes.
Aludes: Observar estrito silêncio em áreas de encostas de montanhas, pois a neve acumulada nos topos pode ser deslocada devido ao deslocamento de ondas sonoras (eco) provocando assim uma avalanche.
Animais Perigosos: Durante o deslocamento observar atrás do grupo, periodicamente, a presença de ursos e lobos, que pelo faro apurado seguem seus rastros à procura de alimentos. Os machos de focas, leopardos e os leões marinhos atacam com muita rapidez se tiverem seu território invadido. As aves do tipo skua atacam quase sempre am vôos rasantes, quando sentem seus ninhos ameaçados.
Considerações adicionais: Usar sempre roupas com cores vivas, evitando roupas claras ou brancas, se abandonar à área do pouso ou abrigo em busca de socorro, deixar no acampamento um aviso indicando data, rumo que seguirá e número de pessoas que farão parte do grupo, devido à posição dos pólos da terra as bússolas funcionam de forma irregular não sendo, portanto confiáveis.
Sobrevivência no Deserto
Introdução
Em quase todos os continentes (com exceção da Europa) há extensas regiões que têm com característica a aridez do solo, quase completa ausência de chuvas e temperatura muito quente durante o dia e bastante fria à noite.
No deserto, os procedimentos relativos a: AÇÃO IMEDIATA é idêntica aos de uma sobrevivência na selva. Entretanto, há algumas diferenças quanto a: ABRIGO, FOGO, ÁGUA E ALIMENTO.
Abrigo
No deserto, a construção de um abrigo protegerá os sobreviventes do calor e dos raios do sol durante o dia e, do frio, à noite. Por este motivo a aeronave é um abrigo mais bem indicado no período noturno. Se a área for de montanhas, procurar fendas ou cavernas para abrigar-se, observando se não há animais perigosos.
Fogo
Nos destroços da aeronave procurar todo tipo de material que possa servir como combustível, como também nos porões, bagagens de passageiros, etc. Observar se em volta há vegetação ou plantas que forneçam algum tipo de resina ou breu vegetal que auxilie na obtenção de fogo. Pilhas de lanterna são excelentes fontes de faísca para iniciar-se uma fogueira, como também aerossóis.
Água
A necessidade de ingestão de água no deserto é de duas a três vezes maior do que na selva, sendo essa a maior preocupação do sobrevivente. Nos kits de sobrevivência temos água que deverá ser usada somente após o racionamento nas primeiras 24 horas.
Ao encontrar plantas deve-se cavar ao redor ou em suas proximidades onde provavelmente surgirá água. Entre fendas ou áreas de montanhas é possível encontrar-se alguma umidade; nos oásis a água quase sempre é de má qualidade, salobra e poluída por animais, devendo-se purificá-la antes de bebê-la.
Alimento
De origem vegetal: raras e de vida curta pode-se encontrar algumas que pareça estar seco, neste caso deve-se cavar e buscar suas raízes que, provavelmente, servirão como fonte de alimento. Em pleno deserto pode-se encontrar sementes de gramíneas, favos ou grãos de arbustos. Importante lembra que alimentos desconhecidos de origem vegetal que sejam do tipo CAL (cabeludo – amargo – leitoso) não devem ser ingeridos.
De origem animal: a vida animal é escassa, a procura deve se basear na busca de lugares onde exista certa umidade. Os roedores são mais facilmente encontrados pode-se deixar preparadas algumas armadilhas, em locais estratégicos como exemplificas no manual de sobrevivência na selva.
Cuidados no deserto
No deserto, deve-se dar uma atenção especial ao vestuário para evitar queimaduras na pele. Deve-se usar um pano sobre a cabeça e afrouxar as vestes.
Decisão de permanecer ou abandonar o local do acidente
No deserto assim como na selva não se deve abandonar o local do acidente, a menos que se tenha certeza de conhecer sua localização e que o socorro se encontra a pouca distância. A altíssima temperatura durante o dia não permite longas jornadas. Ao deslocar-se observar o terreno, rumo, aspectos geográficos e o relevo para evitar perigos naturais tais como: areias movediças.
Animais perigosos
Observar constantemente no abrigo, roupa, sapatos, etc a presença de cobras, escorpiões e aranhas, devendo sempre ao tocar, vestir ou calçar-se se prevenir da presença desses animais.
Considerações adicionais
Os desgastes físicos e mentais podem provocar delírios, miragens, depressões, sendo assim, os sobreviventes devem procurar manter-se alertas com aqueles que porventura manifestem esses sintomas, que podem gerar um quadro de difícil controle.
Operações de Resgate com Helicóptero
A falta de autocontrole em uma operação de resgate com helicóptero pode comprometer toda a operação de salvamento, portanto manter a situação sob controle neste momento é vital.
Quando no bote, usar a biruta d’água para evitar a deriva causada pelo vento do helicóptero, utilizando também o sinalizador de fumaça para indicar a direção e intensidade do vento.
A equipe de resgate priorizará os casos mais graves para remoção (crianças, mulheres e idosos, por último os mais válidos).
Ao se aproximar do helicóptero, fazê-lo agachado, em direção aos pilotos.
As áreas em torno do roto principal, de admissão de ar e exaustão da turbina, e em torno do rotor de cauda, são perigosas.
Segurança de Vôo
Introdução
Assim como os riscos têm estado presentes desde o vôo da primeira aeronave, a prevenção de acidentes vem evoluindo juntamente com a própria aviação, uma vez que sua finalidade é garantir a aeronave um crescente grau de confiabilidade, seja como meio de transporte ou no desporto.
Segurança de Vôo em Nível Internacional
Para enfatizar a importância de revisão contínua dos regulamentos a OACI, órgão da ONU emite documentos formais conhecidos como “Anexos à Convenção”, que estabelecem:
Práticas Recomendadas: para segurança e regularidade da aviação.
Padrões Recomendados: obrigações dos estados contratantes em executá-las.
O anexo 13 da OACI trata da uniformidade dos procedimentos relativos à notificação, investigação e transcrição de acidentes aeronáuticos.
Segurança de Vôo em Nível Nacional
Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER)
No Brasil nos acidentes aéreos buscavam sempre a apuração de responsabilidades e culpados através de Comissões de Inquéritos Sumários. Ao passar do tempo teve início a pesquisa dos seguintes aspectos, relacionados a um acidente decorrente da atividade aeronáutica: Fatores Humanos, Fatores Materiais, Fatores Operacionais.
Finalidades do SIPAER
Planejar, orientar, coordenar, executar e fiscalizar, todas as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.
Atividades do SIPAER
Formar e credenciar, elementos humanos para procederem às investigações de acidentes ou incidentes aeronáuticos, ou que possam colaborar na sua prevenção.
Filosofia do SIPAER
- Todos os acidentes resultam de uma seqüência de eventos e nunca de uma causa isolada,
- Todo acidente tem um precedente,
- Todos os acidentes podem ser evitados,
- A prevenção de acidentes é uma tarefa que requer mobilização geral (é de responsabilidade de todos),
- O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade aérea, mas sim, estimular seu desenvolvimento com segurança,
- Os proprietários, presidentes, diretores, e comandantes de aeronaves, são os principais responsáveis pelas medidas de segurança,
- Segurança de vôo não é um ato egoísta,
- Reportar incidentes é prevenir acidentes,
- A segurança de vôo é um processo contínuo, onde homens com o mesmo ideal, conscientes e em ação, procuram atingir e garantir seus ideais, dentro da mais perfeita e harmoniosa cooperação,
- Se é verdade que nada é perfeito, também é verdade que tudo pode ser melhorado.
No âmbito do Departamento de Aviação Civil (DAC), uma das atividades do SIPAER é desempenhada pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DIPPA), que é responsável nas investigações dos acidentes ocorridos com aviões ou helicópteros de empresas aéreas, brasileiras ou estrangeiras de transporte aéreo regular.
Nos respectivos SERAC encentram-se às Seções de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA) responsáveis pela investigação de acidentes com aviões ou helicópteros de transporte não regular ou da Aviação Geral.
Abaixo segue diferença entre acidente e incidente aeronáutico e cadeia de elaboração de relatório de acidente aeronáutico na aviação regular e geral:
Acidente Aeronáutico
Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, ocorrida entre o período em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um vôo, até o momento que desembarca e durante o qual, pelo menos uma das situações ocorra:
- Lesão grave ou morte, ou ainda internamento hospitalar de até ou mais de 30 dias,
- A aeronave sofra grandes danos ou falhas estruturais,
- Quando a aeronave seja considerada desaparecida.
Aviação Regular: DIPPA -> DAC -> CENIPA
Aviação Geral: SIPAA (OSV) -> SERAC -> DAC -> CENIPA
Incidente
É a ocorrência que afeta ou possa afetar a segurança da operação, servindo apenas com experiência colhida pelo explorador ou proprietário da aeronave. Esses fatos deverão ser levados ao conhecimento do CENIPA ou DAC, através do preenchimento de um Relatório: de Perigo (RELPER), de Incidentes (RELIN) ou de Ocorrência no Solo (RELOS).
A própria empresa se encarrega de realizar o trabalho de investigação através do Agente de Segurança de Vôo (ASV) ou Elemento Credenciado (EC)
Elementos Humanos do SIPAER
Oficiais de Segurança de Vôo (OSV): Geralmente militares ou das forças auxiliares (exemplo: bombeiro) que concluíram os módulos de “Investigação e Prevenção”.
Agentes de Segurança de Vôo (ASV): Idem ao item anterior.
Elemento Credenciado (EC): Idem ao item anterior
Tipos de Relatórios
De Perigo (RELPER): É o documento formal que possibilita qualquer pessoa a levar as autoridades competentes situações ou fatos potencialmente perigosos para a aviação.
De Incidente (RELIN): Documento formal resultante da coleta e da análise dos fatos, dados relacionadas a um incidente aeronáutico. A cópia para o CENIPA é de 60 dias e o grau do sigilo é Reservado.
De Ocorrência no Solo (RELOS): Referem-se a ocorrências envolvendo aeronaves não havendo intenção de vôo. O prazo da cópia e grau de sigilo são iguais ao do RELIN.
Síntese de Incidente (SI): Destinado a divulgar a conclusão do COMAER, grau ostensivo.
Preliminar (RELPRE): Deve ser encaminhado ao DIPAA ou SIPAA em 10 dias e possui grau de sigilo reservado.
Relatório de Investigação de Acidentes Aeronáutico (RELIAA): Apresenta a conclusão da ocorrência e as recomendações de segurança que visam à prevenção ou repetição da ocorrência, prazo para EMAER receber o original é de 60 dia e o grau de sigilo é reservado.
Relatório Final (RF): destinado a divulgar em 60 dias prorrogáveis por mais 60 a conclusão oficial do COMAER e as recomendações de segurança, grau de sigilo Ostensivo (aberto).
Divulgação Operacional (DIVOP): Resumo para divulgação aos elos do SIPAER, grau ostensivo.
Em 1971 foi criado o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) que está subordinado diretamente ao Comando da Aeronáutica e pela qual a SIPAER está subordinado. O objetivo principal é o de tornar mais autônoma, livre de eventuais pressões por qualquer parte, como por exemplo, a de uma empresa aérea envolvida em um eventual acidente aeronáutico.
O CENIPA tem sua constituição e competências definidas em regulamentos próprios sendo de sua competência:
- Orientar, normatizar, supervisionar, planejar, executar, fiscalizar, controlar e coordenar todas as atividades ligadas à investigação e prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos,
- Analisa os relatórios enviados, pêlos vários elos do SIPAER,
- Apresenta as soluções das investigações de acidentes aeronáuticos,
- Divulga os relatórios finais no caso de acidentes e incidentes com aeronaves da aviação civil.
Os destroços de uma aeronave acidentada que não puderem ser removidos deverão ser marcados com tinta na cor amarela, pelos proprietários.
Resumo
Órgão máximo internacional: OACI
Órgão máximo nacional civil: DAC
Órgão máximo do SIPAER: CENIPA
O STE (Sub Departamento Técnico) traduz os anexos da OACI e publica os Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica (RBHA).
Inspeção de Segurança do Tripulante (Importância do uso do Check-list para os comissários).
Aos comissários compete, observar durante a inspeção, entre outros itens e dependendo do tipo de aeronave:
- A localização dos equipamentos de segurança,
- Pressão indicada nos manômetros de extintores, cilindros para oxigênio, etc,
- Integridade, fixação, quantidade, lacres, validade dos equipamentos,
- Estar ciente do manuseio, cuidado e restrições dos equipamentos,
- Observar o funcionamento de sensores de temperatura e de fumaça,
- Capacidade do tanque de água,
- Funcionamento dos sistemas de comunicação, som e vídeo,
- Funcionamento das luzes de emergência internas e externas,
- Funcionamento das portas e saídas de emergência,
- Funcionamento da trava da porta da cabine de comando,
- Cortinas recolhidas,
- Todo material que estiver solto, deve ser guardado em seus devidos lugares.
- Check das PSU, LSU e ASU,
- Check dos assentos e cintos de segurança dos comissários e passageiros.
Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA)
Toda empresa aérea de transporte aéreo regular, escolas de aviação etc são obrigadas a elaborar o PPAA (Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ficando as mesmas passivas de Vistoria de Segurança de Vôo (VSV) em caso de não cumprimento.
A Vistoria de segurança de vôo (VSV) será realizada pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DIPAA) e terá participação de Oficiais de Segurança de vôo e elementos credenciados, do sub-departamento técnico do departamento de aviação civil e do serviço regional de aviação civil da respectiva região. São dois os tipos de vistoria de segurança de vôo (VSV): às periódicas e às especiais.
Esse programa visa motivar a participação de todos envolvidos na atividade aérea, buscando sensibilizar a percepção da sua importância e da sua necessidade identificando e eliminando os pontos de atrito á segurança das operações a qual poderão surgir acidentes ou incidentes aeronáuticos. A vigência do PPAA para aviação civil será de 01 ano, sendo de janeiro a dezembro de cada ano o período de abrangência ou duração.
Prevenção de F.O.D (Foreing Object Damage)
Danos, acidentes, incidentes, mau funcionamento causado a aeronave ou lesões a pessoas causadas pôr objetos ou matérias estranhos ou perigosos que estejam indevidamente em área de operação. Exemplo parafusos na pista de pouso e decolagem.
Programa de Conversação da Audição (PCA), combate ao Álcool e Drogas
Visam conscientizar a todos os envolvidos sobre as implicações na atividade aeronáutica.
Assim como os riscos têm estado presentes desde o vôo da primeira aeronave, a prevenção de acidentes vem evoluindo juntamente com a própria aviação, uma vez que sua finalidade é garantir a aeronave um crescente grau de confiabilidade, seja como meio de transporte ou no desporto.
Segurança de Vôo em Nível Internacional
Para enfatizar a importância de revisão contínua dos regulamentos a OACI, órgão da ONU emite documentos formais conhecidos como “Anexos à Convenção”, que estabelecem:
Práticas Recomendadas: para segurança e regularidade da aviação.
Padrões Recomendados: obrigações dos estados contratantes em executá-las.
O anexo 13 da OACI trata da uniformidade dos procedimentos relativos à notificação, investigação e transcrição de acidentes aeronáuticos.
Segurança de Vôo em Nível Nacional
Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER)
No Brasil nos acidentes aéreos buscavam sempre a apuração de responsabilidades e culpados através de Comissões de Inquéritos Sumários. Ao passar do tempo teve início a pesquisa dos seguintes aspectos, relacionados a um acidente decorrente da atividade aeronáutica: Fatores Humanos, Fatores Materiais, Fatores Operacionais.
Finalidades do SIPAER
Planejar, orientar, coordenar, executar e fiscalizar, todas as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.
Atividades do SIPAER
Formar e credenciar, elementos humanos para procederem às investigações de acidentes ou incidentes aeronáuticos, ou que possam colaborar na sua prevenção.
Filosofia do SIPAER
- Todos os acidentes resultam de uma seqüência de eventos e nunca de uma causa isolada,
- Todo acidente tem um precedente,
- Todos os acidentes podem ser evitados,
- A prevenção de acidentes é uma tarefa que requer mobilização geral (é de responsabilidade de todos),
- O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade aérea, mas sim, estimular seu desenvolvimento com segurança,
- Os proprietários, presidentes, diretores, e comandantes de aeronaves, são os principais responsáveis pelas medidas de segurança,
- Segurança de vôo não é um ato egoísta,
- Reportar incidentes é prevenir acidentes,
- A segurança de vôo é um processo contínuo, onde homens com o mesmo ideal, conscientes e em ação, procuram atingir e garantir seus ideais, dentro da mais perfeita e harmoniosa cooperação,
- Se é verdade que nada é perfeito, também é verdade que tudo pode ser melhorado.
No âmbito do Departamento de Aviação Civil (DAC), uma das atividades do SIPAER é desempenhada pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DIPPA), que é responsável nas investigações dos acidentes ocorridos com aviões ou helicópteros de empresas aéreas, brasileiras ou estrangeiras de transporte aéreo regular.
Nos respectivos SERAC encentram-se às Seções de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA) responsáveis pela investigação de acidentes com aviões ou helicópteros de transporte não regular ou da Aviação Geral.
Abaixo segue diferença entre acidente e incidente aeronáutico e cadeia de elaboração de relatório de acidente aeronáutico na aviação regular e geral:
Acidente Aeronáutico
Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, ocorrida entre o período em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um vôo, até o momento que desembarca e durante o qual, pelo menos uma das situações ocorra:
- Lesão grave ou morte, ou ainda internamento hospitalar de até ou mais de 30 dias,
- A aeronave sofra grandes danos ou falhas estruturais,
- Quando a aeronave seja considerada desaparecida.
Aviação Regular: DIPPA -> DAC -> CENIPA
Aviação Geral: SIPAA (OSV) -> SERAC -> DAC -> CENIPA
Incidente
É a ocorrência que afeta ou possa afetar a segurança da operação, servindo apenas com experiência colhida pelo explorador ou proprietário da aeronave. Esses fatos deverão ser levados ao conhecimento do CENIPA ou DAC, através do preenchimento de um Relatório: de Perigo (RELPER), de Incidentes (RELIN) ou de Ocorrência no Solo (RELOS).
A própria empresa se encarrega de realizar o trabalho de investigação através do Agente de Segurança de Vôo (ASV) ou Elemento Credenciado (EC)
Elementos Humanos do SIPAER
Oficiais de Segurança de Vôo (OSV): Geralmente militares ou das forças auxiliares (exemplo: bombeiro) que concluíram os módulos de “Investigação e Prevenção”.
Agentes de Segurança de Vôo (ASV): Idem ao item anterior.
Elemento Credenciado (EC): Idem ao item anterior
Tipos de Relatórios
De Perigo (RELPER): É o documento formal que possibilita qualquer pessoa a levar as autoridades competentes situações ou fatos potencialmente perigosos para a aviação.
De Incidente (RELIN): Documento formal resultante da coleta e da análise dos fatos, dados relacionadas a um incidente aeronáutico. A cópia para o CENIPA é de 60 dias e o grau do sigilo é Reservado.
De Ocorrência no Solo (RELOS): Referem-se a ocorrências envolvendo aeronaves não havendo intenção de vôo. O prazo da cópia e grau de sigilo são iguais ao do RELIN.
Síntese de Incidente (SI): Destinado a divulgar a conclusão do COMAER, grau ostensivo.
Preliminar (RELPRE): Deve ser encaminhado ao DIPAA ou SIPAA em 10 dias e possui grau de sigilo reservado.
Relatório de Investigação de Acidentes Aeronáutico (RELIAA): Apresenta a conclusão da ocorrência e as recomendações de segurança que visam à prevenção ou repetição da ocorrência, prazo para EMAER receber o original é de 60 dia e o grau de sigilo é reservado.
Relatório Final (RF): destinado a divulgar em 60 dias prorrogáveis por mais 60 a conclusão oficial do COMAER e as recomendações de segurança, grau de sigilo Ostensivo (aberto).
Divulgação Operacional (DIVOP): Resumo para divulgação aos elos do SIPAER, grau ostensivo.
Em 1971 foi criado o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) que está subordinado diretamente ao Comando da Aeronáutica e pela qual a SIPAER está subordinado. O objetivo principal é o de tornar mais autônoma, livre de eventuais pressões por qualquer parte, como por exemplo, a de uma empresa aérea envolvida em um eventual acidente aeronáutico.
O CENIPA tem sua constituição e competências definidas em regulamentos próprios sendo de sua competência:
- Orientar, normatizar, supervisionar, planejar, executar, fiscalizar, controlar e coordenar todas as atividades ligadas à investigação e prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos,
- Analisa os relatórios enviados, pêlos vários elos do SIPAER,
- Apresenta as soluções das investigações de acidentes aeronáuticos,
- Divulga os relatórios finais no caso de acidentes e incidentes com aeronaves da aviação civil.
Os destroços de uma aeronave acidentada que não puderem ser removidos deverão ser marcados com tinta na cor amarela, pelos proprietários.
Resumo
Órgão máximo internacional: OACI
Órgão máximo nacional civil: DAC
Órgão máximo do SIPAER: CENIPA
O STE (Sub Departamento Técnico) traduz os anexos da OACI e publica os Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica (RBHA).
Inspeção de Segurança do Tripulante (Importância do uso do Check-list para os comissários).
Aos comissários compete, observar durante a inspeção, entre outros itens e dependendo do tipo de aeronave:
- A localização dos equipamentos de segurança,
- Pressão indicada nos manômetros de extintores, cilindros para oxigênio, etc,
- Integridade, fixação, quantidade, lacres, validade dos equipamentos,
- Estar ciente do manuseio, cuidado e restrições dos equipamentos,
- Observar o funcionamento de sensores de temperatura e de fumaça,
- Capacidade do tanque de água,
- Funcionamento dos sistemas de comunicação, som e vídeo,
- Funcionamento das luzes de emergência internas e externas,
- Funcionamento das portas e saídas de emergência,
- Funcionamento da trava da porta da cabine de comando,
- Cortinas recolhidas,
- Todo material que estiver solto, deve ser guardado em seus devidos lugares.
- Check das PSU, LSU e ASU,
- Check dos assentos e cintos de segurança dos comissários e passageiros.
Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA)
Toda empresa aérea de transporte aéreo regular, escolas de aviação etc são obrigadas a elaborar o PPAA (Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ficando as mesmas passivas de Vistoria de Segurança de Vôo (VSV) em caso de não cumprimento.
A Vistoria de segurança de vôo (VSV) será realizada pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DIPAA) e terá participação de Oficiais de Segurança de vôo e elementos credenciados, do sub-departamento técnico do departamento de aviação civil e do serviço regional de aviação civil da respectiva região. São dois os tipos de vistoria de segurança de vôo (VSV): às periódicas e às especiais.
Esse programa visa motivar a participação de todos envolvidos na atividade aérea, buscando sensibilizar a percepção da sua importância e da sua necessidade identificando e eliminando os pontos de atrito á segurança das operações a qual poderão surgir acidentes ou incidentes aeronáuticos. A vigência do PPAA para aviação civil será de 01 ano, sendo de janeiro a dezembro de cada ano o período de abrangência ou duração.
Prevenção de F.O.D (Foreing Object Damage)
Danos, acidentes, incidentes, mau funcionamento causado a aeronave ou lesões a pessoas causadas pôr objetos ou matérias estranhos ou perigosos que estejam indevidamente em área de operação. Exemplo parafusos na pista de pouso e decolagem.
Programa de Conversação da Audição (PCA), combate ao Álcool e Drogas
Visam conscientizar a todos os envolvidos sobre as implicações na atividade aeronáutica.
Regulamentação da Aviação Civil
Introdução
Fogo
O fogo é composto em cadeia e precisa de três elementos para se formar: calor, combustível e comburente (Oxigênio) e um terceiro elemento chamado de: reação em cadeia.
Desenvolvimento de um incêndio
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Calor
O calor ou temperatura elevada pode ser um dos elementos responsáveis pela transformação do combustível em fogo, resultando em uma série de transformações a que chamamos de fenômenos da combustão. São eles:
Ponto de fulgor: temperatura na qual o combustível começa a desprender gases ou vapores, capazes de inflamar-se ao aproximar-se uma chama ou centelha.
Ponto de combustão: temperatura na qual os gases desprendidos são capazes de inflamar-se com mais facilidade.
Ponto de ignição ou temperatura de ignição: temperatura em que os gases ou vapores desprendidos entrar em combustão, independente de qualquer fonte externa de calor (chama ou centelha).
Formas de propagação ou transmissão de calor
Condução: Transmissão por meio sólido, de molécula em molécula.
Convecção: Transmissão por meio dos gases
Irradiação: Transmissão por ondas caloríficas que atravessam o espaço, exemplo: raios solares.
Classes de incêndios
A – Sólidos ou fibrosos: Fogo em materiais sólidos. Queimam em superfície e profundidade, deixa resíduos, brasas ou cinzas (neste caso fazer rescaldo) – Método de extinção: resfriamento com água.
B – Líquidos inflamáveis: Fogo em líquidos inflamáveis, como querosene, óleo. Queimam em superfícies apenas, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento.
C – Materiais elétricos quando energizados: Fogo em materiais eletrônicos energizados. Queima em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento e extinção química.
D – Elementos Pirofórios: Exemplo magnésio, zircônio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
E – Matérias radioativos: Exemplo urânio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
Métodos de Extinção
Resfriamento: Elimina-se o calor
Abafamento: Elimina-se o comburente (Oxigênio)
Isolamento: Elimina-se o combustível
Extinção Química: impede a interação do combustível, calor e comburente, quebrando a reação em cadeia que resulta a existência do fogo.
Agentes Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Considerações adicionais
Há produtos que apresentam determinadas características cujo resultado é a sua combustão, são elas as de:
Combustão espontânea: aqueles em que as condições ambientes fazem atingir o ponto de ignição das substâncias passando a ter a combustão, neste caso a melhor alternativa é arrumar os produtos sujeitos a essas reações em estrados e em compartimentos frescos e ventilados.
Combustão completa: ocorre quando o combustível que ao se queimar combina-se com o comburente originando-se gases que se desprendem em forma de fumaça.
Combustão incompleta: o monóxido de carbono é um gás altamente tóxico e altamente explosivo, mesmo em baixas concentrações, vai retirar oxigênio do sangue, levando a pessoa à morte (02% mata uma pessoa em uma hora, 10% mata instantaneamente).
A pressão aumenta em locais atingidos por um incêndio devido ao consumo por parte do fogo do oxigênio existente no ar ambiente.
Existem combustíveis que pela sua grande velocidade de queima, criam uma enorme produção de gases. Quando inflamados em compartimentos fechados, produzem o fenômeno da explosão.
No combate ao fogo adotar a seqüência: preparação, tática, técnica, análise da situação, salvamento, isolamento, confinamento, extinção, rescaldo, ventilação e proteção.
Fogo
O fogo é composto em cadeia e precisa de três elementos para se formar: calor, combustível e comburente (Oxigênio) e um terceiro elemento chamado de: reação em cadeia.
Desenvolvimento de um incêndio
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Calor
O calor ou temperatura elevada pode ser um dos elementos responsáveis pela transformação do combustível em fogo, resultando em uma série de transformações a que chamamos de fenômenos da combustão. São eles:
Ponto de fulgor: temperatura na qual o combustível começa a desprender gases ou vapores, capazes de inflamar-se ao aproximar-se uma chama ou centelha.
Ponto de combustão: temperatura na qual os gases desprendidos são capazes de inflamar-se com mais facilidade.
Ponto de ignição ou temperatura de ignição: temperatura em que os gases ou vapores desprendidos entrar em combustão, independente de qualquer fonte externa de calor (chama ou centelha).
Formas de propagação ou transmissão de calor
Condução: Transmissão por meio sólido, de molécula em molécula.
Convecção: Transmissão por meio dos gases
Irradiação: Transmissão por ondas caloríficas que atravessam o espaço, exemplo: raios solares.
Classes de incêndios
A – Sólidos ou fibrosos: Fogo em materiais sólidos. Queimam em superfície e profundidade, deixa resíduos, brasas ou cinzas (neste caso fazer rescaldo) – Método de extinção: resfriamento com água.
B – Líquidos inflamáveis: Fogo em líquidos inflamáveis, como querosene, óleo. Queimam em superfícies apenas, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento.
C – Materiais elétricos quando energizados: Fogo em materiais eletrônicos energizados. Queima em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento e extinção química.
D – Elementos Pirofórios: Exemplo magnésio, zircônio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
E – Matérias radioativos: Exemplo urânio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
Métodos de Extinção
Resfriamento: Elimina-se o calor
Abafamento: Elimina-se o comburente (Oxigênio)
Isolamento: Elimina-se o combustível
Extinção Química: impede a interação do combustível, calor e comburente, quebrando a reação em cadeia que resulta a existência do fogo.
Agentes Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Considerações adicionais
Há produtos que apresentam determinadas características cujo resultado é a sua combustão, são elas as de:
Combustão espontânea: aqueles em que as condições ambientes fazem atingir o ponto de ignição das substâncias passando a ter a combustão, neste caso a melhor alternativa é arrumar os produtos sujeitos a essas reações em estrados e em compartimentos frescos e ventilados.
Combustão completa: ocorre quando o combustível que ao se queimar combina-se com o comburente originando-se gases que se desprendem em forma de fumaça.
Combustão incompleta: o monóxido de carbono é um gás altamente tóxico e altamente explosivo, mesmo em baixas concentrações, vai retirar oxigênio do sangue, levando a pessoa à morte (02% mata uma pessoa em uma hora, 10% mata instantaneamente).
A pressão aumenta em locais atingidos por um incêndio devido ao consumo por parte do fogo do oxigênio existente no ar ambiente.
Existem combustíveis que pela sua grande velocidade de queima, criam uma enorme produção de gases. Quando inflamados em compartimentos fechados, produzem o fenômeno da explosão.
No combate ao fogo adotar a seqüência: preparação, tática, técnica, análise da situação, salvamento, isolamento, confinamento, extinção, rescaldo, ventilação e proteção.
Prevenção e Combate a Incêndio
Introdução
Fogo
O fogo é composto em cadeia e precisa de três elementos para se formar: calor, combustível e comburente (Oxigênio) e um terceiro elemento chamado de: reação em cadeia.
Desenvolvimento de um incêndio
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Calor
O calor ou temperatura elevada pode ser um dos elementos responsáveis pela transformação do combustível em fogo, resultando em uma série de transformações a que chamamos de fenômenos da combustão. São eles:
Ponto de fulgor: temperatura na qual o combustível começa a desprender gases ou vapores, capazes de inflamar-se ao aproximar-se uma chama ou centelha.
Ponto de combustão: temperatura na qual os gases desprendidos são capazes de inflamar-se com mais facilidade.
Ponto de ignição ou temperatura de ignição: temperatura em que os gases ou vapores desprendidos entrar em combustão, independente de qualquer fonte externa de calor (chama ou centelha).
Formas de propagação ou transmissão de calor
Condução: Transmissão por meio sólido, de molécula em molécula.
Convecção: Transmissão por meio dos gases
Irradiação: Transmissão por ondas caloríficas que atravessam o espaço, exemplo: raios solares.
Classes de incêndios
A – Sólidos ou fibrosos: Fogo em materiais sólidos. Queimam em superfície e profundidade, deixa resíduos, brasas ou cinzas (neste caso fazer rescaldo) – Método de extinção: resfriamento com água.
B – Líquidos inflamáveis: Fogo em líquidos inflamáveis, como querosene, óleo. Queimam em superfícies apenas, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento.
C – Materiais elétricos quando energizados: Fogo em materiais eletrônicos energizados. Queima em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento e extinção química.
D – Elementos Pirofórios: Exemplo magnésio, zircônio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
E – Matérias radioativos: Exemplo urânio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
Métodos de Extinção
Resfriamento: Elimina-se o calor
Abafamento: Elimina-se o comburente (Oxigênio)
Isolamento: Elimina-se o combustível
Extinção Química: impede a interação do combustível, calor e comburente, quebrando a reação em cadeia que resulta a existência do fogo.
Agentes Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Considerações adicionais
Há produtos que apresentam determinadas características cujo resultado é a sua combustão, são elas as de:
Combustão espontânea: aqueles em que as condições ambientes fazem atingir o ponto de ignição das substâncias passando a ter a combustão, neste caso a melhor alternativa é arrumar os produtos sujeitos a essas reações em estrados e em compartimentos frescos e ventilados.
Combustão completa: ocorre quando o combustível que ao se queimar combina-se com o comburente originando-se gases que se desprendem em forma de fumaça.
Combustão incompleta: o monóxido de carbono é um gás altamente tóxico e altamente explosivo, mesmo em baixas concentrações, vai retirar oxigênio do sangue, levando a pessoa à morte (02% mata uma pessoa em uma hora, 10% mata instantaneamente).
A pressão aumenta em locais atingidos por um incêndio devido ao consumo por parte do fogo do oxigênio existente no ar ambiente.
Existem combustíveis que pela sua grande velocidade de queima, criam uma enorme produção de gases. Quando inflamados em compartimentos fechados, produzem o fenômeno da explosão.
No combate ao fogo adotar a seqüência: preparação, tática, técnica, análise da situação, salvamento, isolamento, confinamento, extinção, rescaldo, ventilação e proteção.
Fogo
O fogo é composto em cadeia e precisa de três elementos para se formar: calor, combustível e comburente (Oxigênio) e um terceiro elemento chamado de: reação em cadeia.
Desenvolvimento de um incêndio
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Calor
O calor ou temperatura elevada pode ser um dos elementos responsáveis pela transformação do combustível em fogo, resultando em uma série de transformações a que chamamos de fenômenos da combustão. São eles:
Ponto de fulgor: temperatura na qual o combustível começa a desprender gases ou vapores, capazes de inflamar-se ao aproximar-se uma chama ou centelha.
Ponto de combustão: temperatura na qual os gases desprendidos são capazes de inflamar-se com mais facilidade.
Ponto de ignição ou temperatura de ignição: temperatura em que os gases ou vapores desprendidos entrar em combustão, independente de qualquer fonte externa de calor (chama ou centelha).
Formas de propagação ou transmissão de calor
Condução: Transmissão por meio sólido, de molécula em molécula.
Convecção: Transmissão por meio dos gases
Irradiação: Transmissão por ondas caloríficas que atravessam o espaço, exemplo: raios solares.
Classes de incêndios
A – Sólidos ou fibrosos: Fogo em materiais sólidos. Queimam em superfície e profundidade, deixa resíduos, brasas ou cinzas (neste caso fazer rescaldo) – Método de extinção: resfriamento com água.
B – Líquidos inflamáveis: Fogo em líquidos inflamáveis, como querosene, óleo. Queimam em superfícies apenas, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento.
C – Materiais elétricos quando energizados: Fogo em materiais eletrônicos energizados. Queima em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é o abafamento e extinção química.
D – Elementos Pirofórios: Exemplo magnésio, zircônio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
E – Matérias radioativos: Exemplo urânio. Queimam em superfície e profundidade, não deixa resíduo – Método de extinção é a extinção química (Halon).
Métodos de Extinção
Resfriamento: Elimina-se o calor
Abafamento: Elimina-se o comburente (Oxigênio)
Isolamento: Elimina-se o combustível
Extinção Química: impede a interação do combustível, calor e comburente, quebrando a reação em cadeia que resulta a existência do fogo.
Agentes Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Considerações adicionais
Há produtos que apresentam determinadas características cujo resultado é a sua combustão, são elas as de:
Combustão espontânea: aqueles em que as condições ambientes fazem atingir o ponto de ignição das substâncias passando a ter a combustão, neste caso a melhor alternativa é arrumar os produtos sujeitos a essas reações em estrados e em compartimentos frescos e ventilados.
Combustão completa: ocorre quando o combustível que ao se queimar combina-se com o comburente originando-se gases que se desprendem em forma de fumaça.
Combustão incompleta: o monóxido de carbono é um gás altamente tóxico e altamente explosivo, mesmo em baixas concentrações, vai retirar oxigênio do sangue, levando a pessoa à morte (02% mata uma pessoa em uma hora, 10% mata instantaneamente).
A pressão aumenta em locais atingidos por um incêndio devido ao consumo por parte do fogo do oxigênio existente no ar ambiente.
Existem combustíveis que pela sua grande velocidade de queima, criam uma enorme produção de gases. Quando inflamados em compartimentos fechados, produzem o fenômeno da explosão.
No combate ao fogo adotar a seqüência: preparação, tática, técnica, análise da situação, salvamento, isolamento, confinamento, extinção, rescaldo, ventilação e proteção.
Emergência e Segurança
Introdução
Emergência é toda situação anormal que põe em risco a segurança da aeronave e de seus ocupantes.
O conhecimento da aeronave, familiarização com os equipamentos e sua operação, são fundamentais para enfrentar com eficiência uma situação de Emergência.
Tipos de emergência
Primária: quando a situação de perigo existe ou é iminente. Exemplo: fogo a bordo, pouso de emergência.
Secundária: quando há suspeita ou quando existe visível indicação de uma provável pane. Obs: toda emergência secundária pode evoluir para uma primária.
Boeing 737
Lado esquerdo – social
Lado direito – serviço
Cada fileira de poltronas é dotada de uma PSU (Passenger Service Unit ou Unidade de Serviço ao passageiro). Possuem também galleys (guarda materiais e refeições) e lavatórios.
8 Saídas de emergência:
- 6 cabine de passageiros (4 portas e 2 janelas sobre as asas)
- 2 cabine de comando (2 janelas)
Composição da atmosfera
78 % Nitrogênio – Sob baixa pressão pode causar BENDS (Aeroembolismo) dores nas articulações devido ao desprendimento do nitrogênio.
21 % Oxigênio – Ao nível do mar a temperatura padrão é de 15º decrescendo 2º a cada 1000 pés e a pressão padrão da atmosfera é de 14.7 PSI (Pound Square Inches ou Libras por Polegada Quadrada).
1 % Outros Gases
Pressurização
Pressurizar um avião é criar um ambiente artificial onde a pressão e a temperatura sejam compatíveis com a que precisamos para viver normalmente ao nível do mar.
O limite fisiológico para uma pessoa é de 10.000 pés, de 10.000 a 12.000 pés não são todos que se adaptam, e acima de 12.000 (Zona de reação compensada) é necessário o uso de oxigênio suplementar. Os aviões são pressurizados a uma altitude - pressão de 8.000 pés.
A insuficiência de oxigênio nas células do corpo é conhecida como HIPÓXIA e apresenta a cada nível de altitude variações na velocidade em que ocorre, sendo necessário a utilização de um sistema de pressurização onde o ar “sangrado” dos motores é injetado no interior da cabine. O ar é eliminado através de válvulas OUT FLOW. A diferença entre a pressão interna (que é maior) e a externa, é chamada de DIFERENCIAL DE PRESSÃO.
Despressurização
Ocorre com uma pane do sistema, ruptura de uma janela ou porta.
Tipos de Despressurização
Explosiva: menos de 1 segundo.
Rápida: até de 10 segundos.
Lenta: acima de 10 segundos.
Quanto maior for o DP (diferencial de pressão interna e externa), mais rápida será a despressurização; a velocidade da perda de pressão é proporcional com o tamanho do orifício de escape do ar; e quanto maior a cabine mais tempo levará para despressurizar. A primeira atitude de todos é colocar a máscara de oxigênio mais próxima.
Máscara de Oxigênio
A única função da máscara é para uma despressurização, a duração do oxigênio é de 15 minutos. Ela faz parte do sistema fixo de oxigênio, vide tópico de cilindros fixos a frente.
PSU – cai 1 máscara a mais em relação ao número de poltronas existentes
LSU – cai 2 máscaras
Walk–Around Procedure (procedimento pós-despressurização)
É o deslocamento do comissário pelo avião já nivelado abaixo de 10.00 pés (limite fisiológico) para efetuar checagem se está tudo bem, se alguém precisa de ajuda, de oxigênio terapêutico. Depois de uma despressurização o serviço de bordo é encerrado.
Sistemas de Oxigênio de Emergência
Sistema Fixo de Oxigênio
Cilindros Fixos: é composto por cilindros de oxigênio que ficam no porão, só libera oxigênio se houver uma despressurização, é acionado automaticamente a 14.000 pés, e cada pessoa deve puxar a máscara para liberar oxigênio a mesma.
A máscara da cabine de comando é diferente da cabine de passageiros, ela é oronasais e os cilindros são independentes dos cilindros dos passageiros.
Módulo Gerador Químico: cada fileira de poltronas tem um módulo que gera oxigênio independente das outras fileiras, ocorrendo uma despressurização o compartimento é aberto automaticamente a 14.000 pés, e quando puxa uma máscara ela aciona o oxigênio para todas as outras deste gerador.
Ocorrendo uma despressurização, quando o avião atingir 10.000 pés soará um alarme na cabine de comando, e a 14.000 pés as máscaras caíram automaticamente.
Sistema Portátil de Oxigênio
Capuz Anti-Fumaça (CAF) Smoke Hood: para ser usado quando houver bastante fumaça na cabine, pode também ser usado para fazer o walk-around procedure, o oxigênio dura 15 minutos. O Capuz vem empacotado numa embalagem aluminizada e armazenado no interior de uma maleta plástica de cor laranja. Cheque pré-vôo: Verde OK Vermelho NO.
Sistema de Oxigênio Terapêutico
São cilindros de oxigênio portáteis com 311 litros, é usado para primeiros socorros, deve ter no mínimo 3 máscaras por cilindro e 1.500 psi.
Saída verde ou low = 2 litros por minuto
Saída vermelha ou high = 4 litros por minuto.
Farmácia
Kit médico do comissário – medicamentos para ferimentos ou sintomas leves
Kit do médico – equipamento médico-cirúrgico (bisturi, tesoura, etc). Caso seja utilizado o chefe de equipe deverá fazer um relatório que inclua todos os dados do PAX e Médico.
00 a 50 passageiros = 1 farmácia
51 a 150 passageiros = 2 farmácias
151 a 250 passageiros = 3 farmácias
Acima de 250 passageiros = 4 farmácias
Embarque e desembarque com motor em funcionamento: deverá ser efetuado do lado contrário ao motor em funcionamento.
Abastecimento com passageiros a bordo da aeronave: O chefe de equipe deve fazer um anúncio através do P.A. No Boing 737 a porta dianteira esquerda deverá estar aberta, com a escada própria ou conectada a uma plataforma de embarque (FINGER).
Alijamento de combustível: Todas aeronaves têm um peso máximo de decolagem e pouso. Em caso de uma pane logo após a decolagem, havendo necessidade de retornar ao ponto de partida será efetuada a liberação de combustível para tornar a aeronave mais leve para o pouso.
Bagagens como carga e bagagens de mão: Toda bagagem transportada a bordo, deve ficar acomodada nos compartimentos de bagagem sobre as filas de poltronas (BINS) ou debaixo da poltrona á frente do passageiro, desde que não atrapalhe a saída rápida dos passageiros em caso de emergência ou fique solta.
Comunicação Visual e Auditiva
Entre Tripulantes: é feita através de interfone.
Entre Tripulantes e Passageiros: é feita através da PA (Passenger Address ou Microfone) e quando houver falha neste sistema será feita pelo megafone.
Megafone: deverá efetuar no cheque pré-vôo seu funcionamento apertando o gatilho ou botão. Se emitir um som de microfonia significa que está com suas pilhas carregadas.
Comunicação de Emergência: 1 série de 3 toques (para Boing 737).
O comissário deve estar atento às chamadas dos passageiros através dos:
PSUs – Passenger Service Unit, cada assento tem um.
LSUs – Lavatory Service Unit, se a porta estiver fechada questionar o ocupante.
Master Call: é um placar luminoso que indica chamadas de tripulantes e passageiros.
- Luz rosa: chamada pelo interfone (tripulação)
- Luz azul: chamada pela PSU (passageiro – comissário)
- Luz âmbar: chamada pala LSU (passageiro – comissário)
Emergência Não Preparada
É aquela em que não há tempo para uma preparação de cabine e adotar a posição de impacto. São alguns exemplos de emergências não preparadas: despressurização, desaceleração (aborto de decolagem), turbulência, fogo a bordo, pouco com recolhimento do trem de pouso.
Turbulência: movimento de massa de ar que causa movimentos bruscos no avião, algumas o radar detecta, mas tem a CAT (Clear Air Turbulence) que não são previstas pelo radar e é a mais perigosa. Durante uma turbulência intensa os trolleys devem ser travados e se possível jogar uma manta sobre ele a fim de evitar que o material solto provoque ferimentos aos ocupantes da cabine.
Fogo: o fogo é composto em cadeia e precisa de 3 elementos físicos para se formar; calor, combustível e comburente (Oxigênio); e 1 elemento químico; reação em cadeia.
Classificação:
Classe A: fogo em materiais sólidos
Classe B: fogo em líquidos inflamáveis
Classe C: fogo em materiais eletrônicos energizados
Desenvolvimento de um incêndio:
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Métodos de Extinção:
Resfriamento: retira o calor
Abafamento: retira o comburente (Oxigênio)
Isolamento: retira o combustível
Quebra da Reação em Cadeia: impede a interação do combustível, calor e comburente
Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Equipamentos auxiliares no combate ao fogo
Luvas de Amianto, asbesto ou Kevlar: Luvas isolantes térmicas. Cheque pré-vôo verificar se encontram-se em seus devidos lugares.
Machadinha: Possui um lado cortante e outro perfurante. Seu cabo é revestido de borracha isolante com resistência a 20.000 volts. É um equipamento fixo na cabine de comando.
Obs: O Capuz Anti-fumaça (CAF / Smoke Hood) e o Cilindro de Oxigênio com Máscara Full-face também são equipamentos auxiliares no cambate ao fogo.
Sistemas Preventivos de Fogo nos Lavatórios: no lavatório há o extintor fixo de gás Freon, que está fixado sob a pia, quando houver o aumento de temperatura e atingir 174° F ele é acionado automaticamente; e tem também o detector de fumaça que emite sinais quando há fumaça dentro dos lavatórios.
Fogo na Galley: geralmente ocorre nos fornos elétricos, se isso ocorrer deve-se fechar a porta do forno para não entrar mais comburente, desligar o disjuntor e apagar o foco.
Um comissário deve sempre ter em mente três regras para diminuir o risco de ocorrência de fogo a bordo:
Prevenção: impedir a eclosão do fogo, para isto basta ter vigilância contínua.
Combate: caso ocorra, atacar o fogo com os recursos disponíveis.
Salvamento: reduzir ao mínimo os danos causados pelo fogo.
Fogo em hotéis
Em incêndios a maioria das pessoas morre intoxicada e ou por pânico. Para tanto é necessário conhecer os procedimentos de como proceder. Cheque de saídas, fazer reconhecimento do local, procurando conhecer a exata localização dos extintores. Nunca utilizar elevadores, localizar e verificar se as saídas de emergência estão em condições de uso.
Na impossibilidade de sair do quarto molhar toalhas e lençóis e vedar as frestas da porta para evitar que fumaça entre no quarto. Resfriar o local molhando as paredes, piso, portas e janelas. Encher a banheira com água que poderá ser necessária para combater o fogo. Se o quarto estiver com fumaça densa, abrir as janelas.
Poltronas para Passageiros: Estão equipadas com cintos de segurança de retenção abdominal. É da responsabilidade do comissário checar, antes das decolagens e pousos, todas as poltronas em posição vertical, cintos de segurança corretamente afivelados e mesinhas recolhidas.
Poltronas para Comissários: Encontram-se próximo às saídas de emergência da aeronave. Os cintos de segurança são de retenção tóraco-abdominal.
Saídas de Emergência
Portas: todas as portas da aeronave são consideradas como saídas de emergência, elas podem ser operadas interna e externamente em situação normal e de emergência. Tem como equipamento para a evacuação as escorregadeiras, que só deverá ocorrer à evacuação depois de cessar o ruído do motor.
Procedimento para abrir a porta em condições normais*:
- verificar se a escorregadeira está desarmada; após deve-se girar a alavanca de abertura 180 graus no sentido nariz cauda.
Procedimento para fechar a porta em condições normais*:
- verificar se a tira de segurança foi recolhida;
- se há objetos estranhos que possam prejudicar a vedação da porta; após pressionar um pino na dobradiça superior da porta para destravá-la e proceder de modo inverso ao de abertura.
A abertura externa: deve ser feita puxando a alavanca para fora da carenagem e girá-la no sentido nariz cauda. A porta sairá do seu encaixe. Puxar a porta até o final do seu curso.
Janelas de Emergência: na cabine de passageiros geralmente dão acesso ao extradorso da asa, podendo ser abertas interna (segurar o punho inferior e puxar a alavanca superior da janela) e externamente (pressionar um retângulo de cor contrastante na parte superior da janela), da cabine de comando somente a do lado direito pode ser aberta externamente e a seqüência de saída pela janela é: perna/cabeça/tronco/perna , os equipamentos auxiliares são cordas ou tiras de escape. Obs: 747 não há janela de emergência, somente escotilha localizada no teto da cabine de comando da referida aeronave.
Equipamento Auxiliar de Evacuação das Janelas de Emergência: As tiras de escape (achatadas e com largura aproximada de 5 cm) e as cordas de escape (com aproximadamente 3 cm de diâmetro) estão localizadas sobre cada janela, embutidas em compartimentos.
Escorregadeiras
Todas as aeronaves cujas saídas estejam a mais de 2 metros de altura deverão ter esse tipo de equipamento auxiliar de evacuação. Encontram-se dobradas em forma de pacote e podem ser classificadas como:
Não infláveis (Simples): Lona reforçada com alças laterais e quatro tiras de nylon.
Infláveis: Mistura de Borracha-neoprene podem ter cor amarela ou prateada. Estão alojadas em compartimentos localizados na parte inferior das portas e são armadas quando fixadas à soleira das mesmas por meio de uma barra de fixação. O momento para armar a ecorregadeira é após ter sido dado o aviso: “Atenção tripulação, preparar para a partida dos motores” e desarmar quando: “Atenção tripulação, preparar para o desembarque”.
Infláveis Semi-Automáticas: Ao se abrir uma porta equipada com esse tipo de escorregadeira esta cairá por força da gravidade e ficará pendurada pelo lado de fora da porta, porém dobrada por meio de um freno. Para inflar deve-se puxar uma alça de cor vermelha, na qual está escrita a palavra PULL sendo esta alça localizada na saia da escorregadeira.
Infláveis Automáticas: São aquelas que inexiste a necessidade de puxar nenhum comando. Nas aeronaves WIDE-BODIES são também utilizadas como barcos salva-vidas. Podem ser de pistas dublas (para duas pessoas) ou simples (uma pessoa por vez).
Equipamentos de Sinalização
Em Evacuação
Luzes de Emergência
Todas aeronaves são equipadas com luzes de emergência, elas têm um tempo de duração de 20 minutos e são dividas em:
Internas: Localizadas acima da porta da cabine de comando e de cada saída de emergência. Há também no assoalho, as de cor branca indicam o caminho até a saída, e as de cor vermelha indicam as saídas de emergência.
Externas: Localizadas em todas saídas da cabine de passageiros e também na área sobre as asas. Obs. Há um interruptor que aciona a luz de emergência caso ocorra falha no sistema automático.
De Sinalização em Sobrevivência
Lanterna: Uma para cada tripulante
EVAC: Alarme de evacuação nas aeronaves wide-bodies
Procedimentos de Evacuação
Pouso em Emergência Preparado
Informações que o comandante deve passar aos comissários:
Tempo restante para o pouso
Motivo do pouso
Sinal convencional para evacuação
Transmissão dos outros dados (condições do tempo, local do pouso, etc.).
Preparação dos Passageiros: Verificar se todos estão com cinto afivelado e se as poltronas estão na vertical, se retiraram objetos que possam prejudicar, demonstrar posição de impacto, re-alocar passageiros especiais e selecionar passageiros capazes para auxiliar na evacuação. Comissários deverão posicionar-se ao longo da cabine.
Preparação da Cabine: Recolher todo material solto na cabine e guardar no lavatório que tenha porta lateral, desobstruir corredores e as áreas das saídas.
Preparação das Galleys: Guardar os materiais e travar as portas dos compartimentos, material excedente guardar no lavatório.
-30 segundos antes do pouso o comandante fala “impacto”, e aí se adota a posição de impacto.
-Antes de comandar a evacuação deve-se analisar a área externa, se a saída não puder ser aberta, o comissário deve permanecer junto à mesma e redirecionar os passageiros.
-Só será necessário recolher comida, o kit de sobrevivência, a farmácia e o radiofarol se o pouso for em local onde houver um período de sobrevivência.
Hierarquia X Evidência
Hierarquia:
Evidência:
Comandante
- Pouso na água
Co-piloto
- Pouso na selva
Comissários
- Fogo dentro ou fora da aeronave
- Danos extensos na fuselagem
Quando não for uma situação de evidência, esperar a ordem do comandante para realizar a evacuação.
O sucesso de um pouso forçado depende:
- das condições do tempo
- das condições da aeronave
- luminosidade
- estado físico e mental dos tripulantes
- grau de treinamento dos tripulantes
Equipamentos de Flutuação
De acordo com normas da OACI ou ICAO equipamentos coletivos e individuais de flutuação deverão ser disponíveis em aeronaves que efetuarem vôos costeiros de até 370 Km do litoral. São divididos em:
Individuais
Colete Salva-Vidas: cada câmara suporta 60 Kg, deve vesti-lo sentado e inflá-lo ao abandonar a aeronave.
Assentos Flutuantes: suporta um peso de 90 Kg, levar para fora da aeronave.
Coletivos
Barco Salva-Vidas: estão localizados em rebaixamentos de teto da aeronave, possuem duas câmaras principais de flutuação, rampas de acesso, alças de embarque, toldo, montantes metálicos, mastros infláveis ou metálicos, facas flutuantes, luzes localizadas, âncora, corda de amarração e kit de sobrevivência no mar. O sistema de inflação é semelhante ao da escorregadeira, só comandar a abordagem depois de cessar os ruídos dos aspiradores de ar.
Escorregadeiras-Barco: estão equipadas com estações de embarque, toldo, montantes estruturais, faca flutuante, luzes localizadas, bomba manual de inflação, corda com anel de salvamento, âncora, tira de amarração e kit de sobrevivência no mar. Comandar a evacuação após cessar o ruído dos aspiradores, de preferência a evacuação dos passageiros deve ser direta para a escorregadeira, se não for possível deve ser via água (embarque indireto), não esquecer de cortar a tira de amarração depois de toda a evacuação.
Acessórios dos Equipamentos Coletivos de Flutuação
Âncora ou Biruta da Água: é presa ao barco por meio de uma corda, sua função é retardar a deriva do barco para permanecer o mais próximo do local do acidente. Com mar calmo deve liberar toda extensão da corda, e mar agitado só meia extensão (maior estabilidade).
Corda com Anel de Salvamento: pode ser usada para recuperar sobreviventes e também para unir as embarcações, à distância entre as embarcações é de 8 metros e se ao avistar uma embarcação ou aeronave e o mar estiver calmo, deve-se aproximar as embarcações.
Toldo: proteger os sobreviventes dos raios solares, da água do mar e do vento, pode também ser usado para captar água da chuva e do orvalho.
Bomba Manual de Inflação: para completar o ar das câmaras se houver necessidade.
Luzes Localizadoras ou Sinalizadoras: são alimentadas por baterias à base de água, sua duração é de 8 horas, ajuda a localizar o bote.
Tiras de Re-entrada: Tiras caso haja necessidade de se retornar ao interior da aeronave.
Tiras de Salvamento: Se houver superlotação alguns sobreviventes permaneceram fora da embarcação amarrados pela tira de salvamento.
Kit de Sobrevivência no Mar
Farmácia: contêm gaze, anti-sépticos, bandagens, pomadas para queimaduras e oftálmica.
Manual de Sobrevivência: em inglês, explica como deve ser usado o equipamento de flutuação e seus equipamentos.
Bíblia: em inglês.
Purificador de Água: purifica a água do mar.
Bujões de Vedação: para vedar pequenos furos na embarcação.
Balde e Espoja: os baldes servem para coletar água da chuva, retirar água do barco e para as necessidades, e as esponjas servem para retirar água do barco.
Pacotes de Água: é para fins medicinais.
Foguetes Pirotécnicos: tem um lado diurno que é uma fumaça alaranjada, e outro lado noturno que é de fogo de magnésio, a tampa do lado noturno tem a letra N em relevo. Para usar deve-se manter o foguete numa posição que forme um ângulo de 45° à linha do horizonte, para fora da embarcação e a favor do vento. O alcance da visualização é de 50 Km.
Corante Marcador de Água: é um produto químico que reage com a água alterando sua cor, produz uma mancha verde. É um sinalizador diurno, sua duração é de 3 horas.
Espelho Sinalizador: é para sinalização diurna, seu alcance de visualização é de 10 milhas.
Apito: pode ser usado para atrair atenção de navios, pessoas na praia ou para localizar a posição de alguma embarcação ou sobrevivente, pode ser usado na sinalização noturna junto com as lanternas em nevoeiro.
Lanterna Acionada a Água: possui bateria ativada à base de água, deve-se encher a lanterna com água e agitar, depois de 3 horas a luz começará a diminuir, pode-se então adicionar mais água para recarregar a bateria, e para desativar a lanterna é só tirar a água.
Rádio Transmissor de Emergência (Beacon): não fica no bote e sim dentro da aeronave, antes de evacuar não esquecer de pegar o rádio, deve ser acionado após o pouso com qualquer líquido a base de água, que este em contato com a água vai dissolver uma fita adesiva e liberar a antena para a transmissão de sinais, transmite sinais de SOS, em água salgada leva 5 segundos e em água doce leva 5 minutos. Freqüência civil: 121.5 MHz (VHF), freqüência militar: 243.0 MHz (UHF), alcance vertical 40.000 pés ou 13.000 metros, alcance horizontal 250 milhas náuticas ou 460 Km. Duração da transmissão é de 48 horas.
Conjunto de Sobrevivência na Selva
O conjunto de sobrevivência na selva é constituído de dois pacotes e um facão de 20 polegadas e é protegido por uma carenagem plástica. Localiza-se, geralmente, no interior de compartimentos de bagagem (bins) ou em rebaixamentos de teto, diferindo esta localização de acordo com o tipo de aeronave.
Cada pacote de sobrevivência na selva contém:
- 2 frascos de 60 ml contendo purificador de água
- 3 caixas de fósforos, total de 150 palitos.
- 2 frascos de 100 ml contendo repelente para insetos
- 1 Manual de Sobrevivência na Selva (M.M.A)
- 1 espelho de sinalização (circular, de metal).
- 1 apito plástico
- 20 analgésicos
- 6 pacotes de água (125 ml)
- 2 foguetes pirotécnicos
- 50 pacotes de açúcar (6g cada)
- 50 pacotes de sal (1g cada)
- 1 faca de sobrevivência na sela contendo:
- 1 bússola dissociável (pode ser removida do cabo)
- 2 chumbinhos para pesca
- 2 anzóis
- 1 rolo de nylon
- 1 agulha
- 2 anéis de aço
- 1 cabo de aço
Emergência é toda situação anormal que põe em risco a segurança da aeronave e de seus ocupantes.
O conhecimento da aeronave, familiarização com os equipamentos e sua operação, são fundamentais para enfrentar com eficiência uma situação de Emergência.
Tipos de emergência
Primária: quando a situação de perigo existe ou é iminente. Exemplo: fogo a bordo, pouso de emergência.
Secundária: quando há suspeita ou quando existe visível indicação de uma provável pane. Obs: toda emergência secundária pode evoluir para uma primária.
Boeing 737
Lado esquerdo – social
Lado direito – serviço
Cada fileira de poltronas é dotada de uma PSU (Passenger Service Unit ou Unidade de Serviço ao passageiro). Possuem também galleys (guarda materiais e refeições) e lavatórios.
8 Saídas de emergência:
- 6 cabine de passageiros (4 portas e 2 janelas sobre as asas)
- 2 cabine de comando (2 janelas)
Composição da atmosfera
78 % Nitrogênio – Sob baixa pressão pode causar BENDS (Aeroembolismo) dores nas articulações devido ao desprendimento do nitrogênio.
21 % Oxigênio – Ao nível do mar a temperatura padrão é de 15º decrescendo 2º a cada 1000 pés e a pressão padrão da atmosfera é de 14.7 PSI (Pound Square Inches ou Libras por Polegada Quadrada).
1 % Outros Gases
Pressurização
Pressurizar um avião é criar um ambiente artificial onde a pressão e a temperatura sejam compatíveis com a que precisamos para viver normalmente ao nível do mar.
O limite fisiológico para uma pessoa é de 10.000 pés, de 10.000 a 12.000 pés não são todos que se adaptam, e acima de 12.000 (Zona de reação compensada) é necessário o uso de oxigênio suplementar. Os aviões são pressurizados a uma altitude - pressão de 8.000 pés.
A insuficiência de oxigênio nas células do corpo é conhecida como HIPÓXIA e apresenta a cada nível de altitude variações na velocidade em que ocorre, sendo necessário a utilização de um sistema de pressurização onde o ar “sangrado” dos motores é injetado no interior da cabine. O ar é eliminado através de válvulas OUT FLOW. A diferença entre a pressão interna (que é maior) e a externa, é chamada de DIFERENCIAL DE PRESSÃO.
Despressurização
Ocorre com uma pane do sistema, ruptura de uma janela ou porta.
Tipos de Despressurização
Explosiva: menos de 1 segundo.
Rápida: até de 10 segundos.
Lenta: acima de 10 segundos.
Quanto maior for o DP (diferencial de pressão interna e externa), mais rápida será a despressurização; a velocidade da perda de pressão é proporcional com o tamanho do orifício de escape do ar; e quanto maior a cabine mais tempo levará para despressurizar. A primeira atitude de todos é colocar a máscara de oxigênio mais próxima.
Máscara de Oxigênio
A única função da máscara é para uma despressurização, a duração do oxigênio é de 15 minutos. Ela faz parte do sistema fixo de oxigênio, vide tópico de cilindros fixos a frente.
PSU – cai 1 máscara a mais em relação ao número de poltronas existentes
LSU – cai 2 máscaras
Walk–Around Procedure (procedimento pós-despressurização)
É o deslocamento do comissário pelo avião já nivelado abaixo de 10.00 pés (limite fisiológico) para efetuar checagem se está tudo bem, se alguém precisa de ajuda, de oxigênio terapêutico. Depois de uma despressurização o serviço de bordo é encerrado.
Sistemas de Oxigênio de Emergência
Sistema Fixo de Oxigênio
Cilindros Fixos: é composto por cilindros de oxigênio que ficam no porão, só libera oxigênio se houver uma despressurização, é acionado automaticamente a 14.000 pés, e cada pessoa deve puxar a máscara para liberar oxigênio a mesma.
A máscara da cabine de comando é diferente da cabine de passageiros, ela é oronasais e os cilindros são independentes dos cilindros dos passageiros.
Módulo Gerador Químico: cada fileira de poltronas tem um módulo que gera oxigênio independente das outras fileiras, ocorrendo uma despressurização o compartimento é aberto automaticamente a 14.000 pés, e quando puxa uma máscara ela aciona o oxigênio para todas as outras deste gerador.
Ocorrendo uma despressurização, quando o avião atingir 10.000 pés soará um alarme na cabine de comando, e a 14.000 pés as máscaras caíram automaticamente.
Sistema Portátil de Oxigênio
Capuz Anti-Fumaça (CAF) Smoke Hood: para ser usado quando houver bastante fumaça na cabine, pode também ser usado para fazer o walk-around procedure, o oxigênio dura 15 minutos. O Capuz vem empacotado numa embalagem aluminizada e armazenado no interior de uma maleta plástica de cor laranja. Cheque pré-vôo: Verde OK Vermelho NO.
Sistema de Oxigênio Terapêutico
São cilindros de oxigênio portáteis com 311 litros, é usado para primeiros socorros, deve ter no mínimo 3 máscaras por cilindro e 1.500 psi.
Saída verde ou low = 2 litros por minuto
Saída vermelha ou high = 4 litros por minuto.
Farmácia
Kit médico do comissário – medicamentos para ferimentos ou sintomas leves
Kit do médico – equipamento médico-cirúrgico (bisturi, tesoura, etc). Caso seja utilizado o chefe de equipe deverá fazer um relatório que inclua todos os dados do PAX e Médico.
00 a 50 passageiros = 1 farmácia
51 a 150 passageiros = 2 farmácias
151 a 250 passageiros = 3 farmácias
Acima de 250 passageiros = 4 farmácias
Embarque e desembarque com motor em funcionamento: deverá ser efetuado do lado contrário ao motor em funcionamento.
Abastecimento com passageiros a bordo da aeronave: O chefe de equipe deve fazer um anúncio através do P.A. No Boing 737 a porta dianteira esquerda deverá estar aberta, com a escada própria ou conectada a uma plataforma de embarque (FINGER).
Alijamento de combustível: Todas aeronaves têm um peso máximo de decolagem e pouso. Em caso de uma pane logo após a decolagem, havendo necessidade de retornar ao ponto de partida será efetuada a liberação de combustível para tornar a aeronave mais leve para o pouso.
Bagagens como carga e bagagens de mão: Toda bagagem transportada a bordo, deve ficar acomodada nos compartimentos de bagagem sobre as filas de poltronas (BINS) ou debaixo da poltrona á frente do passageiro, desde que não atrapalhe a saída rápida dos passageiros em caso de emergência ou fique solta.
Comunicação Visual e Auditiva
Entre Tripulantes: é feita através de interfone.
Entre Tripulantes e Passageiros: é feita através da PA (Passenger Address ou Microfone) e quando houver falha neste sistema será feita pelo megafone.
Megafone: deverá efetuar no cheque pré-vôo seu funcionamento apertando o gatilho ou botão. Se emitir um som de microfonia significa que está com suas pilhas carregadas.
Comunicação de Emergência: 1 série de 3 toques (para Boing 737).
O comissário deve estar atento às chamadas dos passageiros através dos:
PSUs – Passenger Service Unit, cada assento tem um.
LSUs – Lavatory Service Unit, se a porta estiver fechada questionar o ocupante.
Master Call: é um placar luminoso que indica chamadas de tripulantes e passageiros.
- Luz rosa: chamada pelo interfone (tripulação)
- Luz azul: chamada pela PSU (passageiro – comissário)
- Luz âmbar: chamada pala LSU (passageiro – comissário)
Emergência Não Preparada
É aquela em que não há tempo para uma preparação de cabine e adotar a posição de impacto. São alguns exemplos de emergências não preparadas: despressurização, desaceleração (aborto de decolagem), turbulência, fogo a bordo, pouco com recolhimento do trem de pouso.
Turbulência: movimento de massa de ar que causa movimentos bruscos no avião, algumas o radar detecta, mas tem a CAT (Clear Air Turbulence) que não são previstas pelo radar e é a mais perigosa. Durante uma turbulência intensa os trolleys devem ser travados e se possível jogar uma manta sobre ele a fim de evitar que o material solto provoque ferimentos aos ocupantes da cabine.
Fogo: o fogo é composto em cadeia e precisa de 3 elementos físicos para se formar; calor, combustível e comburente (Oxigênio); e 1 elemento químico; reação em cadeia.
Classificação:
Classe A: fogo em materiais sólidos
Classe B: fogo em líquidos inflamáveis
Classe C: fogo em materiais eletrônicos energizados
Desenvolvimento de um incêndio:
Eclosão: é a causa imediata, capaz de dar origem ao fogo.
Instalação: primeiro momento do fogo.
Propagação: desenvolvimento do fogo.
Métodos de Extinção:
Resfriamento: retira o calor
Abafamento: retira o comburente (Oxigênio)
Isolamento: retira o combustível
Quebra da Reação em Cadeia: impede a interação do combustível, calor e comburente
Extintores:
TIPO
Água
Pó-Químico
Halon
CO2
CARACTERÍSTICAS
Conteúdo: 1,5 litros de água Duração: 30 segundos. Alcance: 6 metros
Conteúdo: 900g de NaHCO3
Duração: 25 s Alcance: 2m
Obs: Vermelho base Convexa
Conteúdo: 900g Halon
Duração: 8 s Alcance: 2m
Vermelho base Concova
Conteúdo: 900 psi press
Duração: 25 s Alcance: 1,5m
Vermelho tubo difusor
CLASSE A
X
X *
X *
X *
CLASSE B
X
X
X
CLASSE C
X
X
X
* Deve-se fazer o rescaldo do local incendiado. ** Todos cheque pré-vôo: manômetro, vali
OPERAÇÃO**
Dirigir o jato à base do fogo
Dirigir em varredura
Idem
Idem
Equipamentos auxiliares no combate ao fogo
Luvas de Amianto, asbesto ou Kevlar: Luvas isolantes térmicas. Cheque pré-vôo verificar se encontram-se em seus devidos lugares.
Machadinha: Possui um lado cortante e outro perfurante. Seu cabo é revestido de borracha isolante com resistência a 20.000 volts. É um equipamento fixo na cabine de comando.
Obs: O Capuz Anti-fumaça (CAF / Smoke Hood) e o Cilindro de Oxigênio com Máscara Full-face também são equipamentos auxiliares no cambate ao fogo.
Sistemas Preventivos de Fogo nos Lavatórios: no lavatório há o extintor fixo de gás Freon, que está fixado sob a pia, quando houver o aumento de temperatura e atingir 174° F ele é acionado automaticamente; e tem também o detector de fumaça que emite sinais quando há fumaça dentro dos lavatórios.
Fogo na Galley: geralmente ocorre nos fornos elétricos, se isso ocorrer deve-se fechar a porta do forno para não entrar mais comburente, desligar o disjuntor e apagar o foco.
Um comissário deve sempre ter em mente três regras para diminuir o risco de ocorrência de fogo a bordo:
Prevenção: impedir a eclosão do fogo, para isto basta ter vigilância contínua.
Combate: caso ocorra, atacar o fogo com os recursos disponíveis.
Salvamento: reduzir ao mínimo os danos causados pelo fogo.
Fogo em hotéis
Em incêndios a maioria das pessoas morre intoxicada e ou por pânico. Para tanto é necessário conhecer os procedimentos de como proceder. Cheque de saídas, fazer reconhecimento do local, procurando conhecer a exata localização dos extintores. Nunca utilizar elevadores, localizar e verificar se as saídas de emergência estão em condições de uso.
Na impossibilidade de sair do quarto molhar toalhas e lençóis e vedar as frestas da porta para evitar que fumaça entre no quarto. Resfriar o local molhando as paredes, piso, portas e janelas. Encher a banheira com água que poderá ser necessária para combater o fogo. Se o quarto estiver com fumaça densa, abrir as janelas.
Poltronas para Passageiros: Estão equipadas com cintos de segurança de retenção abdominal. É da responsabilidade do comissário checar, antes das decolagens e pousos, todas as poltronas em posição vertical, cintos de segurança corretamente afivelados e mesinhas recolhidas.
Poltronas para Comissários: Encontram-se próximo às saídas de emergência da aeronave. Os cintos de segurança são de retenção tóraco-abdominal.
Saídas de Emergência
Portas: todas as portas da aeronave são consideradas como saídas de emergência, elas podem ser operadas interna e externamente em situação normal e de emergência. Tem como equipamento para a evacuação as escorregadeiras, que só deverá ocorrer à evacuação depois de cessar o ruído do motor.
Procedimento para abrir a porta em condições normais*:
- verificar se a escorregadeira está desarmada; após deve-se girar a alavanca de abertura 180 graus no sentido nariz cauda.
Procedimento para fechar a porta em condições normais*:
- verificar se a tira de segurança foi recolhida;
- se há objetos estranhos que possam prejudicar a vedação da porta; após pressionar um pino na dobradiça superior da porta para destravá-la e proceder de modo inverso ao de abertura.
A abertura externa: deve ser feita puxando a alavanca para fora da carenagem e girá-la no sentido nariz cauda. A porta sairá do seu encaixe. Puxar a porta até o final do seu curso.
Janelas de Emergência: na cabine de passageiros geralmente dão acesso ao extradorso da asa, podendo ser abertas interna (segurar o punho inferior e puxar a alavanca superior da janela) e externamente (pressionar um retângulo de cor contrastante na parte superior da janela), da cabine de comando somente a do lado direito pode ser aberta externamente e a seqüência de saída pela janela é: perna/cabeça/tronco/perna , os equipamentos auxiliares são cordas ou tiras de escape. Obs: 747 não há janela de emergência, somente escotilha localizada no teto da cabine de comando da referida aeronave.
Equipamento Auxiliar de Evacuação das Janelas de Emergência: As tiras de escape (achatadas e com largura aproximada de 5 cm) e as cordas de escape (com aproximadamente 3 cm de diâmetro) estão localizadas sobre cada janela, embutidas em compartimentos.
Escorregadeiras
Todas as aeronaves cujas saídas estejam a mais de 2 metros de altura deverão ter esse tipo de equipamento auxiliar de evacuação. Encontram-se dobradas em forma de pacote e podem ser classificadas como:
Não infláveis (Simples): Lona reforçada com alças laterais e quatro tiras de nylon.
Infláveis: Mistura de Borracha-neoprene podem ter cor amarela ou prateada. Estão alojadas em compartimentos localizados na parte inferior das portas e são armadas quando fixadas à soleira das mesmas por meio de uma barra de fixação. O momento para armar a ecorregadeira é após ter sido dado o aviso: “Atenção tripulação, preparar para a partida dos motores” e desarmar quando: “Atenção tripulação, preparar para o desembarque”.
Infláveis Semi-Automáticas: Ao se abrir uma porta equipada com esse tipo de escorregadeira esta cairá por força da gravidade e ficará pendurada pelo lado de fora da porta, porém dobrada por meio de um freno. Para inflar deve-se puxar uma alça de cor vermelha, na qual está escrita a palavra PULL sendo esta alça localizada na saia da escorregadeira.
Infláveis Automáticas: São aquelas que inexiste a necessidade de puxar nenhum comando. Nas aeronaves WIDE-BODIES são também utilizadas como barcos salva-vidas. Podem ser de pistas dublas (para duas pessoas) ou simples (uma pessoa por vez).
Equipamentos de Sinalização
Em Evacuação
Luzes de Emergência
Todas aeronaves são equipadas com luzes de emergência, elas têm um tempo de duração de 20 minutos e são dividas em:
Internas: Localizadas acima da porta da cabine de comando e de cada saída de emergência. Há também no assoalho, as de cor branca indicam o caminho até a saída, e as de cor vermelha indicam as saídas de emergência.
Externas: Localizadas em todas saídas da cabine de passageiros e também na área sobre as asas. Obs. Há um interruptor que aciona a luz de emergência caso ocorra falha no sistema automático.
De Sinalização em Sobrevivência
Lanterna: Uma para cada tripulante
EVAC: Alarme de evacuação nas aeronaves wide-bodies
Procedimentos de Evacuação
Pouso em Emergência Preparado
Informações que o comandante deve passar aos comissários:
Tempo restante para o pouso
Motivo do pouso
Sinal convencional para evacuação
Transmissão dos outros dados (condições do tempo, local do pouso, etc.).
Preparação dos Passageiros: Verificar se todos estão com cinto afivelado e se as poltronas estão na vertical, se retiraram objetos que possam prejudicar, demonstrar posição de impacto, re-alocar passageiros especiais e selecionar passageiros capazes para auxiliar na evacuação. Comissários deverão posicionar-se ao longo da cabine.
Preparação da Cabine: Recolher todo material solto na cabine e guardar no lavatório que tenha porta lateral, desobstruir corredores e as áreas das saídas.
Preparação das Galleys: Guardar os materiais e travar as portas dos compartimentos, material excedente guardar no lavatório.
-30 segundos antes do pouso o comandante fala “impacto”, e aí se adota a posição de impacto.
-Antes de comandar a evacuação deve-se analisar a área externa, se a saída não puder ser aberta, o comissário deve permanecer junto à mesma e redirecionar os passageiros.
-Só será necessário recolher comida, o kit de sobrevivência, a farmácia e o radiofarol se o pouso for em local onde houver um período de sobrevivência.
Hierarquia X Evidência
Hierarquia:
Evidência:
Comandante
- Pouso na água
Co-piloto
- Pouso na selva
Comissários
- Fogo dentro ou fora da aeronave
- Danos extensos na fuselagem
Quando não for uma situação de evidência, esperar a ordem do comandante para realizar a evacuação.
O sucesso de um pouso forçado depende:
- das condições do tempo
- das condições da aeronave
- luminosidade
- estado físico e mental dos tripulantes
- grau de treinamento dos tripulantes
Equipamentos de Flutuação
De acordo com normas da OACI ou ICAO equipamentos coletivos e individuais de flutuação deverão ser disponíveis em aeronaves que efetuarem vôos costeiros de até 370 Km do litoral. São divididos em:
Individuais
Colete Salva-Vidas: cada câmara suporta 60 Kg, deve vesti-lo sentado e inflá-lo ao abandonar a aeronave.
Assentos Flutuantes: suporta um peso de 90 Kg, levar para fora da aeronave.
Coletivos
Barco Salva-Vidas: estão localizados em rebaixamentos de teto da aeronave, possuem duas câmaras principais de flutuação, rampas de acesso, alças de embarque, toldo, montantes metálicos, mastros infláveis ou metálicos, facas flutuantes, luzes localizadas, âncora, corda de amarração e kit de sobrevivência no mar. O sistema de inflação é semelhante ao da escorregadeira, só comandar a abordagem depois de cessar os ruídos dos aspiradores de ar.
Escorregadeiras-Barco: estão equipadas com estações de embarque, toldo, montantes estruturais, faca flutuante, luzes localizadas, bomba manual de inflação, corda com anel de salvamento, âncora, tira de amarração e kit de sobrevivência no mar. Comandar a evacuação após cessar o ruído dos aspiradores, de preferência a evacuação dos passageiros deve ser direta para a escorregadeira, se não for possível deve ser via água (embarque indireto), não esquecer de cortar a tira de amarração depois de toda a evacuação.
Acessórios dos Equipamentos Coletivos de Flutuação
Âncora ou Biruta da Água: é presa ao barco por meio de uma corda, sua função é retardar a deriva do barco para permanecer o mais próximo do local do acidente. Com mar calmo deve liberar toda extensão da corda, e mar agitado só meia extensão (maior estabilidade).
Corda com Anel de Salvamento: pode ser usada para recuperar sobreviventes e também para unir as embarcações, à distância entre as embarcações é de 8 metros e se ao avistar uma embarcação ou aeronave e o mar estiver calmo, deve-se aproximar as embarcações.
Toldo: proteger os sobreviventes dos raios solares, da água do mar e do vento, pode também ser usado para captar água da chuva e do orvalho.
Bomba Manual de Inflação: para completar o ar das câmaras se houver necessidade.
Luzes Localizadoras ou Sinalizadoras: são alimentadas por baterias à base de água, sua duração é de 8 horas, ajuda a localizar o bote.
Tiras de Re-entrada: Tiras caso haja necessidade de se retornar ao interior da aeronave.
Tiras de Salvamento: Se houver superlotação alguns sobreviventes permaneceram fora da embarcação amarrados pela tira de salvamento.
Kit de Sobrevivência no Mar
Farmácia: contêm gaze, anti-sépticos, bandagens, pomadas para queimaduras e oftálmica.
Manual de Sobrevivência: em inglês, explica como deve ser usado o equipamento de flutuação e seus equipamentos.
Bíblia: em inglês.
Purificador de Água: purifica a água do mar.
Bujões de Vedação: para vedar pequenos furos na embarcação.
Balde e Espoja: os baldes servem para coletar água da chuva, retirar água do barco e para as necessidades, e as esponjas servem para retirar água do barco.
Pacotes de Água: é para fins medicinais.
Foguetes Pirotécnicos: tem um lado diurno que é uma fumaça alaranjada, e outro lado noturno que é de fogo de magnésio, a tampa do lado noturno tem a letra N em relevo. Para usar deve-se manter o foguete numa posição que forme um ângulo de 45° à linha do horizonte, para fora da embarcação e a favor do vento. O alcance da visualização é de 50 Km.
Corante Marcador de Água: é um produto químico que reage com a água alterando sua cor, produz uma mancha verde. É um sinalizador diurno, sua duração é de 3 horas.
Espelho Sinalizador: é para sinalização diurna, seu alcance de visualização é de 10 milhas.
Apito: pode ser usado para atrair atenção de navios, pessoas na praia ou para localizar a posição de alguma embarcação ou sobrevivente, pode ser usado na sinalização noturna junto com as lanternas em nevoeiro.
Lanterna Acionada a Água: possui bateria ativada à base de água, deve-se encher a lanterna com água e agitar, depois de 3 horas a luz começará a diminuir, pode-se então adicionar mais água para recarregar a bateria, e para desativar a lanterna é só tirar a água.
Rádio Transmissor de Emergência (Beacon): não fica no bote e sim dentro da aeronave, antes de evacuar não esquecer de pegar o rádio, deve ser acionado após o pouso com qualquer líquido a base de água, que este em contato com a água vai dissolver uma fita adesiva e liberar a antena para a transmissão de sinais, transmite sinais de SOS, em água salgada leva 5 segundos e em água doce leva 5 minutos. Freqüência civil: 121.5 MHz (VHF), freqüência militar: 243.0 MHz (UHF), alcance vertical 40.000 pés ou 13.000 metros, alcance horizontal 250 milhas náuticas ou 460 Km. Duração da transmissão é de 48 horas.
Conjunto de Sobrevivência na Selva
O conjunto de sobrevivência na selva é constituído de dois pacotes e um facão de 20 polegadas e é protegido por uma carenagem plástica. Localiza-se, geralmente, no interior de compartimentos de bagagem (bins) ou em rebaixamentos de teto, diferindo esta localização de acordo com o tipo de aeronave.
Cada pacote de sobrevivência na selva contém:
- 2 frascos de 60 ml contendo purificador de água
- 3 caixas de fósforos, total de 150 palitos.
- 2 frascos de 100 ml contendo repelente para insetos
- 1 Manual de Sobrevivência na Selva (M.M.A)
- 1 espelho de sinalização (circular, de metal).
- 1 apito plástico
- 20 analgésicos
- 6 pacotes de água (125 ml)
- 2 foguetes pirotécnicos
- 50 pacotes de açúcar (6g cada)
- 50 pacotes de sal (1g cada)
- 1 faca de sobrevivência na sela contendo:
- 1 bússola dissociável (pode ser removida do cabo)
- 2 chumbinhos para pesca
- 2 anzóis
- 1 rolo de nylon
- 1 agulha
- 2 anéis de aço
- 1 cabo de aço
Navegação
Introdução
A partir de determinado ponto geográfico se pode obter sua posição no globo terrestre (o que fundamental para que as equipes de regate por exemplo). Para tanto é necessário o estudo dos fusos horários e os pontos mais significativos para navegação tais como: tempo, distância, posição e orientação.
Orientação
Pontos Cardeais: quando nos guiamos na direção dos meridianos pólo norte (N 360º) ou pólo sul (S 180º) e ou paralelos para o oeste (W 270º) ou para o leste (E 90º).
Pontos Colaterais: nordeste (NE 45º), sudeste (SE 135º), Sudoeste (SW 225º) e Noroeste (NW 315º).
Subcolaterais: intersecção dos pontos cardeais e colaterais
Esses pontos formam a Rosa dos Ventos, onde o sentido horário é da esquerda para a direita. O sol como meio de Orientação: Ao estendermos nosso braço direito para o lado em que nasce o sol, teremos a frente o N, à direita o E, as costas o S e a esquerda o W.
Tipos de Navegação
Visual, Praticagem ou por Contato: Consiste em determinar a posição e orientação de uma aeronave por intermédio de referências visíveis na superfície terrestre, tais como: cidades, rios, estradas, pontes, etc. O instrumento são os olhos.
Estimada: Determina-se através de uma última posição conhecida através da associação de vários instrumentos como os Olhos, a Bússola, o Relógio e o Velocímetro, sendo assim o principal tipo de navegação utilizada.
Rádio (Radio Goniometria): Piloto se orienta unicamente pelas ondas de rádio, calculadas manualmente.
Eletrônica: O Computador interpreta as ondas de rádio, neste caso o piloto fica apenas observando se o computador esta calculando corretamente.
Astronômica: Neste processo é fundamental o conhecimento profundo de astronomia, utilizando equipamentos tal como o sestante, observando a posição de 54 estrelas na Abóboda Celeste “céu”, onde a noite se guia pelas constelações e durante o dia pelo Sol.
Satélite: Posição obtida através de sinais recebidos por 24 satélites ao redor da terra, sendo um exemplo o equipamento chamado GPS.
Em toda navegação aérea, temos que ter: o ponto de partida, o destino e a alternativa (especificado no plano de vôo). Para tanto temos que ter condições de determinar a todo instante, dois elementos fundamentais, a saber:
Localização – para verificarmos se a trajetória, até então desenvolvida, foi satisfatória.
Orientação – para darmos continuidade, desenvolver ou alterar a trajetória.
Determinada a localização e a orientação, é preciso saber nossa:
Posição – está relacionada ao trajeto previsto, significa questionar-se: de onde vim, onde estou, para onde vou.
Direção – é o rumo seguido até então e para onde seguir.
Distância – é o espaço percorrido ou a percorrer.
Tempo – período gasto ou a gastar, é calculado dividindo a distância pela velocidade.
Unidades de medida de distância
Distância: É a medida do espaço compreendido entre dois pontos considerados. Em navegação aérea é sempre medida em linha reta entre pontos.
Altura: é a medida do espaço entre um ponto no espaço (céu) e o um plano de referência no sentido vertical (solo).
Altitude: é a medida do espaço entre o ponto no espaço e o nível médio do mar (NMM).
Elevação: idem a altitude, só que deve-se considerar o espaço entre um plano e o NMM.
Para medir distâncias na vertical (altitudes, alturas e elevações) utilizamos pé (ft) ou metro. Onde:
1000 FT = 304,8 m
1NM = 1,852 Km
1NM = 1.852 m
1 ST(MT) = 1,609 Km
1 ST(MT) = 1.609 m
1º = 60 NM
1Km = 1000 m
Legenda: NM = Milhas Náuticas; ST = MT Milhas Terrestres; FT = Pés; m = Metros.
Unidades de medida de velocidade
1 NM/H – 1 KT
1MPH – 1 ST(MT)/H
10 NM/H – 10 KT
10MPH - 10 ST(MT)/H
100 NM/H – 100 KT
100MPH – 100 ST(MT)/H
Legenda: NM/H = Milhas náuticas por hora; ST (MT)/H = Milhas Terrestres por hora
Um giro ao redor da Terra equivale a 21.600 NM.
Noções sobre a Terra
A Terra está animada de dois movimentos principais, a considerar:
Rotação: Movimento da Terra em torno do eixo polar no sentido anti-horário ou ainda de Oeste (W) para Este (E), originando uma unidade natural de tempo chamado de dia e noite.
Translação: Movimento que a Terra realiza em torno do Sol no período de um ano. Determina os anos e as estações.
Dia Solar
Verdadeiro: O Sol “ocupa” um ponto 2 vezes, a Terra completa um giro de 361º.
Civil: É a hora do relógio, a Terra completa 360º em torno do Sol. Equivale dizer que a translação se dá em 365 dias e 6 horas civis.
Coordenadas Geográficas
Latitude (Paralelo): É o endereço numérico dos círculos máximo e menores. Separado o globo entre Norte e Sul pela linha do Equador.
Longitude (Meridiano): Separa o globo entre Oeste e Leste, através do Meridiano de Greenwich e 180º (também conhecido como Datum Line ou Linha Internacional de Data).
Ponto geográfico
É um ponto, na superfície terrestre, formado pela intersecção de um paralelo e um meridiano. Para podermos expressar este ponto precisamos determinar dois ângulos:
Latitude: formada pelo plano do Equador e o plano de um paralelo.
Longitude: formado pelo plano do meridiano de Greenwich e o plano de um meridiano.
Ex. Latitude 00º12’S // Longitude 130º14’W
Rota – Rumo - Proa
Rota: linha reta que liga o ponto A ao ponto B. Exemplo: SP – RJ.
Rumo: direção da rota ou ainda, ângulo formado entre o Norte e a linha da rota. Ex: RJ
Proa: é o rumo corrigido para o vento ou ainda, ângulo formado entre o Norte e o eixo longitudinal (nariz) da aeronave.
Declinação Magnética (DMG)
Ao navegar interessa saber o valor da DMG de uma região que pretenda voar, pois as direções obtidas nos equipamentos de bordo são referenciados ao NM (Norte Magnético) e não ao NV (Norte Verdadeiro) onde conjuntamente com a Rota, Rumo e Proa temos:
P
R
NV
PV
RV
NM
PM
RM
Legenda: NV = Norte Verdadeiro; NM = Norte Magnético; P = Proa; R = Rumo.
Fusos Horários
Hora UTC (Universal Time Coordenate, antigo GMT): é a hora da aviação, utilizada pelos controladores de vôo e pilotos. Ex: 12:00 Z (É computada no meridiano de Greenwich e válida para qualquer ponto na superfície terrestre, ou seja, a mesma para Japão, Brasil, EUA, etc. Recebe uma letra designativa Z, zulu em fonia).
Hora da Zona (HZ): é a hora tomada no fuso central. Estas zonas são em número de 24 e os meridianos centrais são: 000º, 015º, 030º, 045º, 060º, 075º, 090º, 105º, 120º, 135º, 150º, 165º, 180º, E e W.
Hora Legal (HLE): é a hora adotada por um país como sendo a sua referência para as suas atividades (militar, econômica, social, política, dia-a-dia...).
Hora Local (HLO): é a hora correspondente especificamente à hora medida em meridiano de longitude. O Brasil possui 4 HLO: O +2; P +3; Q +4; R +5.
Quando somamos a hora legal (HLE) de um país com a descrição da zona (+ ou -) um nº de 1 a 12, obtemos a hora UTC. UTC = HLE + (FUSO).
Datum Line ou Linha Internacional de Data: é uma linha imaginária utilizada por convenção, para separar fusos horários. É o antimeridiano do Meridiano de Greenwich (em outras palavras meridiano 180º).
A partir de determinado ponto geográfico se pode obter sua posição no globo terrestre (o que fundamental para que as equipes de regate por exemplo). Para tanto é necessário o estudo dos fusos horários e os pontos mais significativos para navegação tais como: tempo, distância, posição e orientação.
Orientação
Pontos Cardeais: quando nos guiamos na direção dos meridianos pólo norte (N 360º) ou pólo sul (S 180º) e ou paralelos para o oeste (W 270º) ou para o leste (E 90º).
Pontos Colaterais: nordeste (NE 45º), sudeste (SE 135º), Sudoeste (SW 225º) e Noroeste (NW 315º).
Subcolaterais: intersecção dos pontos cardeais e colaterais
Esses pontos formam a Rosa dos Ventos, onde o sentido horário é da esquerda para a direita. O sol como meio de Orientação: Ao estendermos nosso braço direito para o lado em que nasce o sol, teremos a frente o N, à direita o E, as costas o S e a esquerda o W.
Tipos de Navegação
Visual, Praticagem ou por Contato: Consiste em determinar a posição e orientação de uma aeronave por intermédio de referências visíveis na superfície terrestre, tais como: cidades, rios, estradas, pontes, etc. O instrumento são os olhos.
Estimada: Determina-se através de uma última posição conhecida através da associação de vários instrumentos como os Olhos, a Bússola, o Relógio e o Velocímetro, sendo assim o principal tipo de navegação utilizada.
Rádio (Radio Goniometria): Piloto se orienta unicamente pelas ondas de rádio, calculadas manualmente.
Eletrônica: O Computador interpreta as ondas de rádio, neste caso o piloto fica apenas observando se o computador esta calculando corretamente.
Astronômica: Neste processo é fundamental o conhecimento profundo de astronomia, utilizando equipamentos tal como o sestante, observando a posição de 54 estrelas na Abóboda Celeste “céu”, onde a noite se guia pelas constelações e durante o dia pelo Sol.
Satélite: Posição obtida através de sinais recebidos por 24 satélites ao redor da terra, sendo um exemplo o equipamento chamado GPS.
Em toda navegação aérea, temos que ter: o ponto de partida, o destino e a alternativa (especificado no plano de vôo). Para tanto temos que ter condições de determinar a todo instante, dois elementos fundamentais, a saber:
Localização – para verificarmos se a trajetória, até então desenvolvida, foi satisfatória.
Orientação – para darmos continuidade, desenvolver ou alterar a trajetória.
Determinada a localização e a orientação, é preciso saber nossa:
Posição – está relacionada ao trajeto previsto, significa questionar-se: de onde vim, onde estou, para onde vou.
Direção – é o rumo seguido até então e para onde seguir.
Distância – é o espaço percorrido ou a percorrer.
Tempo – período gasto ou a gastar, é calculado dividindo a distância pela velocidade.
Unidades de medida de distância
Distância: É a medida do espaço compreendido entre dois pontos considerados. Em navegação aérea é sempre medida em linha reta entre pontos.
Altura: é a medida do espaço entre um ponto no espaço (céu) e o um plano de referência no sentido vertical (solo).
Altitude: é a medida do espaço entre o ponto no espaço e o nível médio do mar (NMM).
Elevação: idem a altitude, só que deve-se considerar o espaço entre um plano e o NMM.
Para medir distâncias na vertical (altitudes, alturas e elevações) utilizamos pé (ft) ou metro. Onde:
1000 FT = 304,8 m
1NM = 1,852 Km
1NM = 1.852 m
1 ST(MT) = 1,609 Km
1 ST(MT) = 1.609 m
1º = 60 NM
1Km = 1000 m
Legenda: NM = Milhas Náuticas; ST = MT Milhas Terrestres; FT = Pés; m = Metros.
Unidades de medida de velocidade
1 NM/H – 1 KT
1MPH – 1 ST(MT)/H
10 NM/H – 10 KT
10MPH - 10 ST(MT)/H
100 NM/H – 100 KT
100MPH – 100 ST(MT)/H
Legenda: NM/H = Milhas náuticas por hora; ST (MT)/H = Milhas Terrestres por hora
Um giro ao redor da Terra equivale a 21.600 NM.
Noções sobre a Terra
A Terra está animada de dois movimentos principais, a considerar:
Rotação: Movimento da Terra em torno do eixo polar no sentido anti-horário ou ainda de Oeste (W) para Este (E), originando uma unidade natural de tempo chamado de dia e noite.
Translação: Movimento que a Terra realiza em torno do Sol no período de um ano. Determina os anos e as estações.
Dia Solar
Verdadeiro: O Sol “ocupa” um ponto 2 vezes, a Terra completa um giro de 361º.
Civil: É a hora do relógio, a Terra completa 360º em torno do Sol. Equivale dizer que a translação se dá em 365 dias e 6 horas civis.
Coordenadas Geográficas
Latitude (Paralelo): É o endereço numérico dos círculos máximo e menores. Separado o globo entre Norte e Sul pela linha do Equador.
Longitude (Meridiano): Separa o globo entre Oeste e Leste, através do Meridiano de Greenwich e 180º (também conhecido como Datum Line ou Linha Internacional de Data).
Ponto geográfico
É um ponto, na superfície terrestre, formado pela intersecção de um paralelo e um meridiano. Para podermos expressar este ponto precisamos determinar dois ângulos:
Latitude: formada pelo plano do Equador e o plano de um paralelo.
Longitude: formado pelo plano do meridiano de Greenwich e o plano de um meridiano.
Ex. Latitude 00º12’S // Longitude 130º14’W
Rota – Rumo - Proa
Rota: linha reta que liga o ponto A ao ponto B. Exemplo: SP – RJ.
Rumo: direção da rota ou ainda, ângulo formado entre o Norte e a linha da rota. Ex: RJ
Proa: é o rumo corrigido para o vento ou ainda, ângulo formado entre o Norte e o eixo longitudinal (nariz) da aeronave.
Declinação Magnética (DMG)
Ao navegar interessa saber o valor da DMG de uma região que pretenda voar, pois as direções obtidas nos equipamentos de bordo são referenciados ao NM (Norte Magnético) e não ao NV (Norte Verdadeiro) onde conjuntamente com a Rota, Rumo e Proa temos:
P
R
NV
PV
RV
NM
PM
RM
Legenda: NV = Norte Verdadeiro; NM = Norte Magnético; P = Proa; R = Rumo.
Fusos Horários
Hora UTC (Universal Time Coordenate, antigo GMT): é a hora da aviação, utilizada pelos controladores de vôo e pilotos. Ex: 12:00 Z (É computada no meridiano de Greenwich e válida para qualquer ponto na superfície terrestre, ou seja, a mesma para Japão, Brasil, EUA, etc. Recebe uma letra designativa Z, zulu em fonia).
Hora da Zona (HZ): é a hora tomada no fuso central. Estas zonas são em número de 24 e os meridianos centrais são: 000º, 015º, 030º, 045º, 060º, 075º, 090º, 105º, 120º, 135º, 150º, 165º, 180º, E e W.
Hora Legal (HLE): é a hora adotada por um país como sendo a sua referência para as suas atividades (militar, econômica, social, política, dia-a-dia...).
Hora Local (HLO): é a hora correspondente especificamente à hora medida em meridiano de longitude. O Brasil possui 4 HLO: O +2; P +3; Q +4; R +5.
Quando somamos a hora legal (HLE) de um país com a descrição da zona (+ ou -) um nº de 1 a 12, obtemos a hora UTC. UTC = HLE + (FUSO).
Datum Line ou Linha Internacional de Data: é uma linha imaginária utilizada por convenção, para separar fusos horários. É o antimeridiano do Meridiano de Greenwich (em outras palavras meridiano 180º).
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